LIBRAS
Docente do curso de esclarece dúvidas sobre Língua Brasileira de Sinais

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Há quase duas décadas, o dia 24 de abril marca a comemoração do dia da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Desde 2002, ela é considerada a segunda língua oficial do Brasil depois que a Lei Federal nº 10.436 foi sancionada. Sendo assim, a Libras passou a ser reconhecida como meio legal de comunicação e expressão.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), 5% da população brasileira é composta por pessoas que são surdas. O estudo também aponta que esta parcela corresponde a mais de 10 milhões de cidadãos, dos quais 2,7 milhões possuem surdez profunda, e, por isso não escutam absolutamente nada.
Com o intuito de esclarecer dúvidas sobre o assunto, o professor do curso de Libras do Senac Uruguaiana, Leonardo Correa Tonieto, traz algumas curiosidades sobre esse meio de se comunicar:
Origem
Em 1857, Ernest Huet, padre que trabalhava com a educação de surdos na França utilizando língua de sinais, veio ao Brasil a convite de Dom Pedro II para fundar a primeira escola para surdos do país, chamada na época de Imperial Instituto de Surdos Mudos. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi criada, então, junto com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), a partir de uma mistura entre a Língua Francesa de Sinais (LFS) e de gestos já utilizados pelos surdos brasileiros.
Expressões faciais e corporais
As expressões faciais e corporais são tão importantes quanto os sinais, pois complementam os parâmetros da língua de sinais. Existem casos, por exemplo, em que os sinais podem ter o mesmo gesto com as mãos, mas se forem feitos com uma expressão diferente, mudam todo o sentido de uma frase.
Regionalismo
Assim como tempos aipim, macaxeira e mandioca, a Libras também possui seu regionalismo, pois podem acontecer mudanças de um sinal para outro dependendo da região, das expressões, gírias e sotaques.
A língua de sinais não é universal
Cada local possui seu desenvolvimento próprio. Nos Estados Unidos, por exemplo, a língua de sinais utilizada é a American Sign Language (ASL) e em Portugal é Língua Gestual Portuguesa (LGP), ambas são diferentes da Libras.
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