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Pós-graduação

Doutoranda da Unipampa participa de pesquisa científica sobre a Antártica

Com 14 milhões de quilômetros quadrados (km²), o continente Antártico é fonte primordial de pesquisas climáticas e ambientais para toda a Terra. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) promoveu uma parceria com outras instituições e, desde 2018, investiu R$ 8,3 milhões na promoção de pesquisa científica e formação de recursos humanos. Em março de 2020, a nova Estação Antártica foi inaugurada e a ciência brasileira comemorou.

Em fevereiro de 1984, o Brasil instalou a Estação Antártica Comandante Ferraz, uma base militar e de apoio aos cientistas brasileiros que trabalham na região, no âmbito do Programa Antártico Brasileiro, o ProAntar. Em 2012, um incêndio destruiu o prédio.

Aos poucos, as atividades vão sendo retomadas, agora com laboratórios maiores e mais modernos. "A previsão é de que, no ano que vem, voltemos a ter uma atividade conforme foi planejada, com uso de todas as plataformas brasileiras na Antártica", explica Jefferson Cardia, glaciologista e líder científico do ProAntar.

O apoio oferecido pela Estação Comandante Ferraz é muito importante, especialmente quando se trata de pesquisa com algumas espécies vegetais. Mônica Minozzo, doutoranda do Núcleo de Estudos da Vegetação da Antártica pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e bolsista da Capes conta que algumas plantas, ao serem coletadas e armazenadas para seguir para o Brasil passam por forte estresse. "Com a nova estação, teremos muito mais espaço e, principalmente, laboratórios para conseguirmos fazer as pesquisas lá", comemora.

Esta expectativa também é compartilhada por Arthur Brum, doutorando em Zoologia pelo Museu Nacional e integrante do Projeto Paleoantar. Com a retração das geleiras, uma grande quantidade de rochas, a base primária do seu trabalho, fica exposta. "A base estende e possibilita que atuemos também nas suas proximidades, na parte mais ocidental da Península Antártica, que ainda é muito desconhecida", comenta.

Superlativa em quase todos os seus aspectos, a Antártica causa surpresa e espanto quando apresentada em números. Dessa realidade não escapam nem os pesquisadores que ali trabalham e dão ao mundo novas e vitais informações sobre a sua relação direta com o clima da Terra.

Elis Rocha, doutoranda em Oceanologia pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e bolsista da Capes destaca que se sente bastante privilegiada de estudar e ter tido a oportunidade de conhecer um lugar tão único quanto a Antártica. "O Oceano Austral tem um papel-chave na regulação do clima do planeta, além de ser um ambiente muito sensível às atuais mudanças climáticas. A pesquisa, observação e monitoramento dessa região é fundamental para o melhor entendimento da biogeoquímica dos oceanos e o funcionamento do sistema climático do nosso planeta".

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