Educação Inclusiva
Professor de Uruguaiana desenvolve modelos inclusivos para alunos cegos

Divulgação. - Recursos táteis ajudam na compreensão de conceitos de ciências e biologia.
O professor uruguaianense Claudi Brandolff vem ganhando destaque por sua dedicação à educação inclusiva. Apaixonado pelo ensino de Ciências e Biologia, ele encontrou nos modelos didáticos tridimensionais uma forma de tornar o aprendizado mais acessível a estudantes cegos e com baixa visão.
Formado no Magistério e em Ciências Biológicas em Santiago, no Rio Grande do Sul, com especialização em Ensino de Biologia e atualmente mestrando em Ensino de Ciências, Claudi alia sólida formação acadêmica a criatividade no dia a dia escolar. Em Uruguaiana, leciona no Instituto Laura Vicuña, no Instituto Estadual de Educação Elisa Ferrari Valls e no cursinho Olavo Pré-Vestibular.
A ideia de criar materiais pedagógicos diferenciados surgiu durante a pandemia, quando percebeu que os desafios do ensino remoto também poderiam abrir espaço para novas soluções. Foi então que começou a confeccionar, em biscuit, representações tridimensionais de estruturas biológicas.
O diferencial desses materiais está no caráter tátil: ao explorá-los com as mãos, os alunos conseguem compreender formas, proporções e texturas, construindo um conhecimento que antes se limitava a descrições ou imagens inacessíveis.
Esses recursos ampliam não apenas a compreensão dos conteúdos, mas também fortalecem a participação ativa em sala de aula, estimulam a curiosidade científica e contribuem para a autoestima dos estudantes. “Ensinar é tocar vidas. Cada modelo que produzo é mais que um recurso pedagógico: é uma ponte para o conhecimento, um convite à descoberta e uma ferramenta de transformação”, afirma o professor.

O impacto do projeto foi tão expressivo que as peças passaram a ser enviadas para escolas de outras regiões do Brasil, inspirando educadores a adotarem práticas semelhantes. Em Uruguaiana, Claudi é pioneiro na utilização do biscuit como recurso de inclusão no ensino de Ciências e Biologia.
Atualmente, sua pesquisa de mestrado busca validar cientificamente a eficácia desses modelos e estruturar metodologias que possam ser replicadas em diferentes contextos. Para ele, inclusão não significa apenas adaptar conteúdos, mas proporcionar experiências de aprendizagem interativas, ricas em significado e capazes de garantir que todos os estudantes tenham condições de aprender em igualdade.
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