URUGUAIANA JN PREVISÃO

Inverno

“Mercado da lenha” movimenta o município durante o frio

Camila Dalla Vecchia-JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - – A saca de lenha custa de R$ 20 a R$ 25.

Com as temperaturas mais baixas chegando ao município desde o mês de maio, a população está em busca de lenha para seus fogões ou lareiras, reacendendo memórias de aconchego e refeições caseiras preparadas pelas avós. 

Mas de onde exatamente vem essa lenha? É comum encontrar publicações nas redes sociais ou em grupos de WhatsApp divulgando locais que vendem lenha. Em alguns pontos da cidade, vendedores aguardam clientes e os levam até o local onde guardam o produto. "Todo ano eu compro no mesmo lugar. Chego lá e o vendedor já está por ali, combinamos o preço e eu pego a lenha no local indicado por ele", explica uma moradora do bairro Santana, que prefere não se identificar. Placas com a mensagem "Temos lenha" podem ser vistas em frente a algumas casas ou empórios. 

O valor da saca de lenha varia de R$ 20 a R$ 25. No mercado formal, ou até mesmo pela internet, o preço médio da saca de eucalipto, com cerca de 15 kg, é de R$ 25, refletindo o valor médio de comercialização no mercado informal do município.  Embora não haja um peso padrão, os comerciantes garantem que a madeira é de eucalipto. "Lenha para o fogão custa R$ 20 a saca, para a lareira é R$ 30, e o 'espinilho' sai por R$ 25", conta uma vendedora entrevistada pelo CIDADE afirmou:  

O secretário de Meio Ambiente, Maykol Goulart, explica que as árvores que são podadas para se tornarem lenha geralmente são eucaliptos ou ligustros, que são espécies de reflorestamento. Ele enfatizou que dentro do perímetro urbano, a secretaria autoriza o corte e a poda de árvores mediante solicitação e avaliação, ressaltando que nem todas as árvores estão autorizadas para o corte, e que fazê-lo sem autorização configura crime ambiental sujeito a multa.  

Goulart também mencionou que durante os meses de abril e maio, com a chegada do frio e das chuvas, muitas pessoas decidem podar suas árvores para evitar acidentes, solicitando autorização à secretaria. Ele explicou que é comum que, nesse período, ocorra a retirada dessas árvores para se tornarem lenha, já que as pessoas que as podam costumam solicitar a remoção dos galhos e acabam comercializando a madeira.  

Até o momento, segundo o secretário, não houve denúncias relacionadas a essa prática sem autorização, principalmente por se tratar de árvores que podem ser podadas. Ele também observou que é comum que pessoas que possuem árvores de eucalipto, dentro de seus terrenos solicitem a poda com a autorização da secretaria. A madeira resultante acaba sendo comercializada. 

Floresta Municipal 

A Floresta Municipal, localizada na Vila do Açude, tem cerca de 200 hectares, sendo que 40% são de árvore de eucalipto. De acordo com Thiago Davila, diretor de Agricultura do município e responsável pela Floresta Municipal, pelo menos duas vezes durante o inverno são realizadas faxinas em que o acúmulo de galho que caem com as chuvas são doados para a comunidade que mora na região como Barragem Sanchuri, São Marcos, Vila da Chácara e João Arregui. “As pessoas precisam provar, mediante documento, que são moradoras da região para poderem receber” explicou Thiago Davila. 


 


Sedes intensifica abordagem social em razão das baixas temperaturas Anterior

Sedes intensifica abordagem social em razão das baixas temperaturas

Sesc incentiva à retomada do setor cultural após enchentes Próximo

Sesc incentiva à retomada do setor cultural após enchentes

Deixe seu comentário