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SAÚDE

Uruguaiana em alerta para casos de Mpox

Dilvulgação/Ministério da Saúde imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Entre os sintomas da Mpox estão bolhas no corpo

A doença pode ser transmitida por materiais infectados com o vírus, animais silvestres (roedores) infectados e pelo contato próximo com pessoas doentes

 
A Organização Mundial da Saúde decretou, na última quarta-feira, 14/8, emergência internacional após um surto do vírus Mpox na África. No Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que o risco de transmissão é baixo, mas avalia criar um comitê para monitorar a situação da doença no país. Um alerta foi emitido para todos os estados que já informaram as secretarias de Saúde sobre os riscos e cuidados que devem ser adotados. Em Ilhéus, no sul da Bahia, um paciente diagnosticado com Mpox está sendo acompanhado pelas autoridades de saúde.

 
Em 2022, Uruguaiana confirmou dois casos da doença. O primeiro deles foi o de uma mulher de 52 anos, residente na cidade, mas que havia estado em Portugal, Espanha e França. A mulher procurou por atendimento médico após apresentar sintomas semelhantes aos da doença. Ela foi submetida a exame e orientada a cumprir isolamento. O resultado foi positivo para monkeypox.

 
A bioquímica do Laboratório de Fronteira de Uruguaiana, Silvia Muller, explica que o vírus Mpox se divide em dois grupos taxonômicos: clado 1 e clado 2. Este último provém da África Ocidental: responsável pelo surto global iniciado em 2022, ele causa infecções menos severas, com uma taxa de sobrevivência de 99,9%. “Mais virulento, o clado 1 é endêmico da Bacia do Congo, na África Central, e apresenta uma taxa de mortalidade de cerca de 3%. Entre crianças, contudo, a do clado 1b chega a até 10%. Ele provoca erupções cutâneas por todo o corpo – ao contrário de outras cepas, cujas lesões se restringem à boca, rosto e região genital”, explicou Silvia Muller.

 
Transmissão
A doença pode ser transmitida por materiais infectados com o vírus, animais silvestres (roedores) infectados e pelo contato próximo com pessoas doentes. O intervalo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da Mpox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após a manifestação de sintomas — como febre, calafrios, linfonodos aumentados, dores no corpo e cabeça, e erupções na pele — as crostas das erupções desaparecem, e a pessoa doente deixa de transmitir o vírus.

 
As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem. O número de lesões varia. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.

 
A biomédica destaca que a Secretaria Municipal de Uruguaiana acompanha a evolução dos casos em nível mundial e que será realizada uma reunião com as Estratégias da Saúde da Família para discussão do assunto.

 
Vacinas
A OMS publicou no dia 9 de agosto, a solicitação para que fabricantes de vacinas contra a Mpox submetam pedidos para análise de uso emergencial. O processo visa agilizar a disponibilidade de vacinas não licenciadas, mas necessárias para situações de emergência em saúde pública. Atualmente, só um laboratório produz a vacina, o que inviabiliza a vacinação do público de risco.

 
Do total de casos confirmados e prováveis para Mpox no Brasil, 45,9% declararam que vivem com HIV. Entre os homens diagnosticados com a infecção, o índice chega a ser de 99,3%. A mediana de idade dos pacientes vivendo com HIV e que testaram positivo para mpox é de 34 anos, com idades variando de 29 a 39 anos

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