Os insetos conhecidos como "mosquito-pólvora" foram identificados no litoral norte gaúcho no início de 2024 e tiveram a presença no Rio Grande do Sul confirmada após análise laboratorial com resultado divulgado na última semana. Principal vetor do vírus Oropouche, que causa a Febre do Oropouche, o mosquito é motivo de alerta para a Secretaria Estadual da Saúde (SES) e para a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O inseto se prolifera em áreas com acúmulo de material orgânico e umidade. O Brasil vem registrando um aumento expressivo no número de casos autóctones de Febre do Oropouche. Uma recomendação do Ministério da Saúde lançada nos últimos dias orienta que sejam intensificadas ações de vigilância em saúde em todo o território nacional.  

De acordo com a médica veterinária Laura Mascia, do Setor de Vigilância Ambiental em Saúde, a Febre do Oropouche, transmitida pelo mosquito-pólvora, foi identificada, pela primeira vez fora da região amazônica. "Foram registrados casos na Bahia, no Espírito Santo e até mesmo no Paraná e Santa Catarina, totalizando 168 casos em todo o país. No nosso estado ainda não tivemos casos confirmados, porém o inseto está circulando pelo estado e isso nos acende um alerta para termos atenção a essa enfermidade", explicou Laura Mascia. 

O mosquito tem até 3mm e se multiplica facilmente na beira de lagos, locais onde tem folhas e fezes de animais e ele pica durante o dia. "A picada é bem dolorida e pode causar uma lesão avermelhada, caso o inseto esteja infectado com o vírus ele pode transmitir a enfermidade que tem sintomas parecidos com os da dengue", explicou a médica veterinária. 

Laura Mascia explica que caso seja encontrado em Uruguaiana o mosquito, é possível levar até a sede da Vigilância Ambiental em Saúde para a identificação do inseto. O setor está localizado na Avenida Presidente Vargas, nº 2990.