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Violência não reconhecida ainda afasta mulheres de denúncias

Gerado por IA/Gemini - Denuncie mesmo em casos de violência psicológica ou digital. Registrar a ocorrência ajuda a interromper o ciclo de abuso e garante proteção legal.

A dificuldade de identificar situações de violência contra a mulher ainda pesa nos atendimentos em Uruguaiana. O novo índice nacional divulgado pelos Institutos Natura e Avon mostra que 4 em cada 10 brasileiras não reconhecem de imediato agressões que já sofreram. O cenário se repete na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), onde muitas vítimas só procuram ajuda quando a violência chega à agressão física. 

A delegada Caroline Huber, titular da Deam, afirma que essa dificuldade tem raízes culturais. “A dificuldade em reconhecer determinadas atitudes como violência contra a mulher, como o dado nacional sugere, é um reflexo complexo da nossa sociedade”, diz. Para ela, a naturalização de agressões psicológicas, morais e patrimoniais, ainda tratadas como conflitos de casal, reduz a percepção de gravidade. “Isso ainda leva muitas mulheres a subestimarem atos que não deixam marcas físicas.” 

Caroline Huber destaca que a falta de informação sobre a Lei Maria da Penha amplia a subnotificação. “Ainda há muita confusão sobre o que constitui violência. Muitas vítimas só procuram a delegacia quando a situação escalou para a agressão física. E vemos crescer casos de violência moral e psicológica em ambiente digital, mas muitas mulheres chegam inseguras sobre se xingamentos ou atos de controle são violência.” 

Na rotina da Deam, são frequentes relatos de xingamentos, humilhações, invasão de privacidade digital e vigilância por aplicativos, que muitas vítimas ainda classificam como problemas de relacionamento. O reconhecimento tardio prolonga o ciclo de violência e dificulta intervenções preventivas. 

A pesquisa nacional mostra que 62% das entrevistadas dizem não ter informação suficiente para orientar outra mulher em situação de risco. Entre as que já sofreram violência doméstica, apenas 73% buscaram ajuda e boa parte fez isso apenas no âmbito privado. 

Para a delegada, ampliar o acesso à informação é decisivo. “É fundamental que a mídia e as instituições continuem a educar sobre todas as formas de violência e a incentivar a denúncia. A conscientização é a nossa maior ferramenta para quebrar esse ciclo.” 

Em Uruguaiana, ações de conscientização seguem estratégicas para as forças de segurança. A avaliação é que a população só protege melhor as vítimas quando entende claramente o que constitui violência. Trata-se de uma questão social urgente que exige resposta. 

Como denunciar?

Para denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher, é possível procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Uruguaiana, que oferece atendimento sigiloso e orientações sobre direitos e medidas protetivas. 

Além disso, as vítimas podem ligar para a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180, disponível 24 horas, que acolhe denúncias, fornece informações sobre serviços de apoio e encaminha para a rede de proteção local. 

É fundamental registrar a ocorrência o quanto antes, mesmo em casos de agressões psicológicas ou digitais, para interromper o ciclo de violência e garantir proteção legal.

Como Reconhecer  que esta sofrendo agressões?

A violência contra a mulher vai muito além das agressões físicas e pode se manifestar de formas sutis, mas igualmente nocivas. Controle excessivo sobre finanças, restrição de contatos familiares ou sociais, xingamentos, humilhações, vigilância por aplicativos e invasão de privacidade digital são sinais claros de abuso psicológico ou moral. 

Reconhecer esses comportamentos como violência é o primeiro passo para buscar ajuda e interromper o ciclo de opressão, mesmo quando não deixam marcas visíveis.

Rede de Apoio à Mulher – Uruguaiana

  • Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM)
  • ​Endereço: Av. Presidente Getúlio Vargas, 3905 – 3º andar, Bairro Santana, Uruguaiana (RS)
  • Telefone: (55) 3411‑1168
  • WhatsApp: (51) 9 8444‑0606
  • Atendimento: Segunda a sexta, das 8h às 17h​
  • Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180
  • Funcionamento: 24 horas, ligação gratuita
  • Serviço: Recebe denúncias, orienta sobre medidas protetivas e encaminha para a rede de apoio.​

Dica: Denuncie mesmo em casos de violência psicológica ou digital. Registrar a ocorrência ajuda a interromper o ciclo de abuso e garante proteção legal.

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