No domingo, 17/8, o curta-metragem uruguaianense “Trapo”, dirigido por João Chimendes, venceu o prêmio de Melhor Curta Gaúcho no 53º Festival de Cinema de Gramado, um dos eventos mais prestigiados do audiovisual brasileiro. A premiação, que começou no dia 13 e segue até 23/8, ocorreu no Palácio dos Festivais, durante a entrega do Prêmio Assembleia Legislativa – Mostra de Curtas Gaúchos, reunindo 18 produções de 10 cidades gaúchas. 

“Para nós, de Uruguaiana, receber esse prêmio é emocionante. Eu nem sei o que dizer. Muito obrigado a todos que assistiram ao filme”, disse Chimendes ao subir para receber o prêmio. 

Trapo foi produzido de forma independente e acompanha a trajetória de Léo, menino de Uruguaiana que enfrenta a despedida da amiga Manu, quando ela se muda para Porto Alegre levando consigo o celular que compartilhavam. Após a partida de Manu, Léo precisa conseguir outro aparelho, e o curta explora, de forma sensível, os laços afetivos da infância. 

No momento em que foram anunciados os vencedores, o elenco e os produtores subiram ao palco com muita alegria. Em seu discurso, o diretor João Chimendes comentou: 
 

“Quando éramos crianças, sonhávamos em mostrar nosso trabalho, e para João e para o Felipe mais novo, fica a mensagem: vale a pena insistir, vale a pena fazer cinema, mesmo vindo do interior.” 

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Equipe e produção 

Com 19 minutos de duração, o curta foi produzido pela Fora D’Água Filmes e co-produzido pelo Grupo Tearte. A direção e roteiro são de João Chimendes, com coautoria de Felipe Oliveira. A direção de fotografia ficou a cargo de Felipe Oliveira, enquanto a direção de arte foi assinada por João Chimendes e Felipe Oliveira. A montagem foi realizada por Chimendes, o som direto por Karina Chimendes e Maria Eduarda Nogueira. A trilha sonora é de Arthur Barbosa, e a mixagem de som ficou com Garden Math. A produção de set contou com Carlos Vaz Martins, Hendrike Miguel e João Guerra. 

O elenco inclui Leonardo Oliveira, Renata Aquino, Emanuela Helena, Flora Silva, Paula Ferreira e Carlos Vaz Martins, com fotografias registradas por Vitoria Jaques. 

Em seu agradecimento, Chimendes reforçou a importância do trabalho em equipe:  “Agradecemos imensamente o trabalho de nossa equipe, que coletivamente criou e deu forma a esse emaranhado de trapos.” 

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Premiação 

Além do troféu, o vencedor recebeu R$11 mil. As demais categorias da mostra concederam R$ 5,5 mil aos premiados. O Júri da Crítica entregou seu prêmio a Trapo, representado por Daniel Rodrigues, presidente da ACCIRS. 

O feito coloca Uruguaiana em evidência nacional, mostrando que produções do interior podem alcançar relevância significativa, fortalecer a identidade cultural do estado e valorizar talentos locais. Além disso, evidencia a importância de políticas públicas que incentivem a participação de pessoas na arte e promovam a diversidade cultural, seja no audiovisual ou em outras expressões artísticas.