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Poliomielite
Menos de 60% das crianças de Uruguaiana foram vacinadas
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A Campanha Nacional de Imunização contra a Poliomielite iniciada no dia 8 de agosto deste ano teve uma adesão abaixo do esperado tanto em Uruguaiana como no Rio Grande do Sul. A dois dias do fim da campanha, apenas 55,56% do público-alvo recebeu as doses contra a doença, ou seja, apenas 4 257 crianças entre um e cinco anos incompletos buscaram pelo imunizante.
Segundo dados divulgados em um sistema de monitoramento de vacinação no País realizado pelo Ministério da Saúde, 58,9% do público-alvo do Rio Grande do Sul recebeu a vacina contra a paralisia infantil. A meta é atingir 95% das 553 814 crianças do Estado.
Conforme a Secretaria Estadual da Saúde, considerando o calendário básico de vacinação infantil, nos últimos cinco anos, as metas indicadas pelo Ministério da Saúde não foram atingidas e ainda apresentam queda nas coberturas. Em 2016, 53% dos municípios alcançaram a meta de cobertura vacinal contra a poliomielite, já em 2021, apenas 34%.
Já em âmbito nacional, a cobertura está em 52,7% e nenhuma das Unidades Federativas atingiu a meta proposta pela pasta. O objetivo inicial era alcançar no mínimo 11 572 563 da população pertencente a esta faixa etária.
Inicialmente a campanha anual se encerraria dia 6 de setembro, no entanto, devido à cobertura abaixo da meta, o Ministério da Saúde optou por prorrogar a mobilização até esta sexta-feira, 30/9.
Poliomielite
A Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral - através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas. O vírus pode atacar o sistema nervoso e provocar paralisia flácida aguda, principalmente em membros inferiores.
Uma análise da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 2021 identificou que o Brasil é um dos países das Américas com alto risco de reintrodução do vírus da poliomielite, ao lado de outros cinco países: Bolívia, Panamá, Paraguai, Argentina e Equador.
Além disso, no Rio Grande do Sul, a análise demonstrou um cenário preocupante, em que 42% dos municípios encontram-se em risco muito alto e 32% em risco alto. Ou seja, em 367 municípios do Estado - 74% - há um grande risco de retorno de casos de pólio.
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