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Município vacinou apenas 31,45% do público-alvo contra influenza

Freepik imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - No total, estão habilitadas a receber a imunização no município 52.582 mil pessoas

O município de Uruguaiana está vacinando a população contra influenza desde o dia 10 de abril, com aplicação em etapa única, ou seja, sem escalonamento dos grupos elegíveis. A data provável de encerramento da campanha é dia 31/5. Mas há 20 dias do fim da campanha, o município vacinou apenas 31,45% do público-alvo. O índice também é baixo quando se analisa o cenário estadual: em todo o Rio Grande do Sul, apenas 32% da população alvo está vacinada.

No total, estão habilitadas a receber a imunização no município 52.582 mil pessoas, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Conforme os dados cadastrados pela SMS no sistema do Ministério da Saúde, Uruguaiana aplicou desde o início da campanha 17.408 doses.

O grupo com maior número de pessoas a serem imunizadas são os idosos, com público-alvo de 19.835 pessoas, sendo 7.601 doses já aplicadas, o que representa 38,2%. As crianças são o segundo maior público, com 10.541 pessoas, sendo 1.073 doses aplicadas, ou seja, 11,64%.

Na sequência tem-se as o grupo das comorbidades, no total o público-alvo é 8.986 pessoas, sendo 4.770 doses aplicadas o que representa 53,08%. O segundo grupo é o das pessoas com deficiência permanente, com um público-alvo de 5.578 pessoas, sendo 128 doses aplicadas, o que representa 3.39%.

Já o grupo de trabalhadores de saúde, o público-alvo é de 2.537 trabalhadores e 1.446 doses aplicadas, representado 57%.  Os professores da rede pública e privada representam 1.410 pessoas, com 706 imunizadas, sendo 50,07%.

No Estado a gripe vem aumentando o número de casos gradativamente. Atualmente, o Rio Grande do Sul convive com a circulação de três tipos de vírus influenza, duas linhagens do tipo A (H1N1 e H3N2) e outra do tipo B.

Em 2023, a influenza já acumula 213 internações e 16 óbitos no Rio Grande do Sul, a maior parte (15) em pacientes com comorbidades e metade (8) em maiores de 60 anos, conforme dados do governo estadual. Os casos de gripe, no entanto, começaram a se acentuar a partir deste mês.

Não há diferença nos sintomas entre ambas as gripes, mas a H1N1 costuma ser a mais grave. Hoje, o subtipo predomina no Estado, sendo que no ano passado havia uma maior incidência da H3N2, que é mais leve, segundo a enfermeira Letícia Martins, técnica do Núcleo de Vigilância de Vírus Respiratórios de Interesse para a Saúde Pública do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).

Até o momento, apenas um município gaúcho já alcançou a meta de vacinação, Palmares do Sul, no litoral norte do Estado, com 95,3% da cobertura vacinal contra a influenza. O segundo melhor índice é de Salvador das Missões (74,8%). Já os dois piores estão em municípios da região de fronteira com o Uruguai, Barra do Quaraí (12,5%) e Chuí (13,8%).

O Jornal Cidade questionou a Secretaria Municipal de Saúde de Uruguaiana sobre o número de casos no município, mas de acordo com o órgão, o “sistema está em atualização por causa das demandas”, razão pela qual os dados não poderiam ser acessados. Quando ao município de Barra do Quaraí, a Secretaria de Saúde do município não enviou os dados até o fechamento desta edição.

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