LIRAA
Uruguaiana tem alto risco para ocorrência da dengue
Reprodução imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - O levantamento foi realizado no mês de maio, no período de 22 a 26.
Os agentes de endemias da Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria de Saúde de Uruguaiana realizaram no mês de maio, no período de 22 a 26/5 o segundo Levantamento Rápido de Índice do Aedes aegypti (LIRAA) de 2023.
Foram vistoriados 2.374 imóveis em cinco dias de trabalho e o Índice de Infestação Predial (IIP) foi 9,4 %, que é considerado um índice de risco para a ocorrência de dengue, zika e chikungunya.
Os bairros foram divididos em cinco estratos. No estrato um estão os bairros Centro, Mascarenhas de Moraes e Bela Vista. No estrato dois estão os bairros Francisca Tarragó, Nova Esperança, Prolar/Promorar, João Paulo II, Cabo Luiz Quevedo. No estrato três, Alexandre Zachia, Rio Branco, São Miguel, Vila Júlia e São Domingos. No estrato quatro estão os bairros União das Vilas, Aeroporto, Charqueada, Telechea, Rui Ramos, Cidade Alegria e Cohab II e no estrato cinco Jockey Clube, Santo Inácio, Santana, Cidade Nova e São João. Os cinco estratos do município tiveram Índice de Infestação Predial acima de 3,9 % (alto risco). O índice de Breteau variou entre 7,7% e 15,5%.
O Índice de Infestação Predial (IIP) é a porcentagem de imóveis com focos de Aedes aegytpi entre os pesquisados no LIRAA pelos ACE, e o índice de Breteau (IB), é expresso em números absolutos e estabelece uma relação entre recipientes positivos e imóveis e, embora forneça mais informações, não aponta dados sobre a produtividade dos depósitos.
De acordo com as normas técnicas do Ministério da Saúde, os depósitos potenciais criadouros para Aedes Aegypti são classificados em cinco grupos, o que permite conhecer a importância epidemiológica desses criadouros e direcionamento das ações de controle vetorial.
Grupo A: Armazenamento de água. A1: Depósitos de água elevados (caixas-d'água, tambores e depósitos de alvenaria) e A2: Depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico (tonel, barril, cisterna); Grupo B: Depósitos móveis (vasos/frascos com água, pratos, garrafas, potes); Grupo C: Depósitos fixos (tanques em obras, calhas, ralos, piscinas não tratadas); Grupo D: Passíveis de remoção (lixo). D1: Pneus, câmaras de ar, manchões e D2: Lixo (plástico, garrafas, latas), sucatas, entulhos de construção e grupo E: Depósitos móveis (axilas de folhas, buracos em árvores e rochas).
O tipo de criadouro com o maior número de focos no LIRAA de maio foi o de classificação B (123/45,7%) que são depósitos móveis (vasos/frascos com água, pratos, garrafas, potes). Os depósitos do tipo D1 (pneus) também serviram como criadouros para as larvas de Aedes encontradas no LIRAA de maio 2023 (51/19%).
Os depósitos do tipo D2 lixo, plástico, garrafas, latas, sucatas, entulhos de construção (39/14,5%), tipo A2 (depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico: tonel, barril, cisterna) (27/10) e tipo C (23/8,5%) também foram criadouros do Aedes aegypti. Os depósitos de tipo E (depósitos naturais, axilas de folhas, buracos em árvores e rochas) foram responsáveis por 6 (2,2%) focos do Aedes.
Considerando os tipos de criadouros encontrados nesse LIRAA, devem ser intensificadas as ações de comunicação em saúde sobre a importância da eliminação mecânica dos criadouros como: evitar o cultivo de plantas em vasos com água; substituir a água e escovar os bebedouros de animais; manter tonéis com água bem tampados; colocar tela em ralos e caixas de inspeção; colocar no lixo todo o objeto descartado e que possa acumular água; colocar o lixo em lixeiras bem tampadas.
Atualmente Uruguaiana registra 30 casos de dengue confirmados. São 174 notificações e 61 casos em investigação. Os casos descartados já somam 83.
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