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indicadores criminais

Abigeato caiu 80% em Uruguaiana no mês de junho

Fernando Dias/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Estado credita redução à Operação Agro-Hórus e ações das Decrabs.

Em junho, o Rio Grande do Sul apresentou o menor número de registro de ocorrências de furto abigeato em toda a série histórica, iniciada em 2010. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública, divulgados na última semana.

O cenário de queda neste tipo de crime é realidade também em Uruguaiana. Na comparação com junho do ano passado, o número de ocorrências caiu 80% no município, passando de cinco para um registro apenas. Está é uma das maiores quedas percentuais já registrada em Uruguaiana.

No estado, a queda foi de 32,5%, passando de 422 casos em 2022 para 285 em 2023. No acumulado do ano, no entanto, a queda foi de 17,9%. No município, caiu 30,5%, passando de 36 registros para 25.

O abigeato é o crime de subtrair animais de propriedade privada em zona rural, ou seja, o furto de gado bovino, equino ou animais que se encontram em campos, pastos, currais ou retiros. Esse tipo penal é relativamente comum na região Sul do país, tendo em vista que os três estados são relevantes na pecuária nacional e detêm, juntos, mais de 27 milhões de cabeças de gado bovino. Só no Rio Grande do Sul, a atividade agropecuária representa 77% da área total, de acordo com o Censo Agropecuário de 2017.

A melhora significativa na redução desses índices está relacionada à atuação da Operação Agro-Hórus da Brigada Militar, que tem o objetivo de combater os delitos rurais para que não evoluam e venham a prejudicar a economia rural, os produtores e as famílias no campo. Com atuação em 137 municípios e atenção na faixa de fronteira, a patrulha rural atua na prevenção e repressão de ocorrências contra os crimes transfronteiriços.

De acordo com o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Douglas da Rosa Soares, a investigação da inteligência norteou os diagnósticos e áreas de riscos para coibir a atuação dos criminosos. “A Operação Agro-Hórus foi desencadeada em 2022 atuando com predominância na fronteira da Argentina e do Uruguai. Com estudos, diagnósticos e o acesso ao banco de dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), conseguimos evidências para coibir estes tipos de crime. Desde então, conseguimos prender 263 foragidos e apreender 85 toneladas de carne sem identificação de procedência. Também recuperamos oito máquinas agrícolas e apreendemos 314 armas”, explica Soares.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul também é pioneira entre as forças de segurança do país combate ao crime de abigeato. Conta com unidades criadas especialmente para atender a demanda: as Delegacias de Polícia Especializadas na Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato (Decrab) foram inauguradas em 2018 e, atualmente, o Estado conta com quatro Decrab subordinadas ao Departamento de Polícia do Interior (DPI). O foco é o abigeato, mas também são investigados outros crimes, como receptação e furto/roubo de maquinário agrícola.

As quatro Decrab estão nos municípios de Bagé, Alegrete (que atende Uruguaiana), Camaquã e Cruz Alta. Essas delegacias atuam em todo o Rio Grande do Sul, sem se limitar às sedes onde estão instaladas, pois, embora os crimes de abigeato sejam mais frequentes no interior, podem se estender para a Região Metropolitana de Porto Alegre. “Os crimes rurais fazem parte de uma cadeia complexa o que exige uma investigação qualificada por parte da Polícia Civil. Os abigeatos envolvem organizações criminosas, por isso, atuamos também para descapitalizar essas quadrilhas, combatendo a lavagem de dinheiro”, afirma o delegado Anderson Spier, diretor do DPI da Polícia Civil.

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