Com características de execução, um pastor evangélico foi morto a tiros em frente ao seu estabelecimento comercial, na manhã desta quarta-feira, 22/11, na Rua Fernando Ferrari, no bairro Rui Ramos. Renato Coronel da Silva era pastor do Ministério Apostólico Profético Filhos do Leão e foi proprietário da rádio Rede Cidade.

O crime aconteceu por volta das 9h30, em frente a padraria de propriedade da vítima. Imagens de câmeras de segurança nas imediações revelaram que um homem de estatura média, armado de revólver, chegou atirando contra Renato Coronel, de 34 anos, que estava sentado. Os disparos foram em direção ao rosto da vítima que foi levada para o hospital mas não resistiu aos ferimentos. O crime é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia Civil.

As prisões

O 6º Batalhão de Choque de Uruguaiana fez as primeiras diligências em apoio à Polícia Civil, atrás das informações que chegaram a identificação e localização do suspeito de autoria, na Barra do Quarai. O trabalho coordenado pelo delegado Welligton Pinheiro, teve a participação da Polícia Rodoviária Federal e resultou na prisão de Luiz Ariel Gonzales, natural da Argentina, residente na Barra do Quaraí. Com ele, a Brigada encontrou a arma do crime, as roupas utilizadas na ação e apreendeu o carro usado para a fuga. Ele tentou resistir a prisão, mas não conseguiu escapar do trabalho impecável realizado pelo "Choque".

Em Uruguaiana, a Polícia mantém sob custódia a suposta mandante do crime – a empresária Rosemeri Pereira Gonçalves. Uma terceira pessoa está sendo investigada de participação.

Motivação

O delegado Welligton não revelou detalhes da investigação, mas destacou que a suposta mandante e a vítima tinham um “problema judicial” a ser resolvido com, inclusive, audiência marcada para essa quinta-feira, 23/11. O jornal CIDADE apurou que se trata de uma ação de indenização por danos morais proposta por Renato, que adquiriu um relógio valioso na loja da acusada. Tendo atrasado duas parcelas, Rosemari foi pessoalmente na padaria - a cobrança causou constrangimento a Renato, perante clientes de seu estabelecimento. Ele buscava na Justiça indenização de 10 salários mínimos (R$ 13 mil), a título de reparação por danos morais.