"Lei e Ordem" desmantela quadrilha e prende 26 em Uruguaiana
Bernardo Pucheta tem dez dias para apresentar defesa
Ocorreu na terça-feira, 30/10, a audiência de custódia de Luís Bernardo Serpa Pucheta, acusado de matar o advogado Rafael Sarzi Sartori em 2009. O homem, que é filho de pai argentino e possui dupla nacionalidade, foi extraditado do país vizinho na última sexta-feira, 26/10, e está recolhido à Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana (PMEU).
Com a captura de Pucheta pelas autoridades argentinas e, finalmente, o cumprimento da ordem de extradição emitida em 2010, a ação judicial que trata do crime pode ter continuidade. Ainda na terça-feira, Bernardo foi citado e tem dez dias para constituir defensor e apresentar defesa no processo. Se não o fizer, um defensor público deverá ser nomeado para representa-lo.
O crime
O crime ocorreu no dia 18 de novembro de 2009, na Rua Sete de Setembro, onde estava sediado o escritório que Rafael dividia com os irmãos Bruno e Fausto. No momento, ele estava sozinho em sua sala e foi surpreendido por Pucheta. O assassino acertou quatro disparos contra a vítima, três deles nas costas e um no pescoço.
Após o crime, Bernardo fugiu, no carro da mãe, em direção a Paso de los Libres. Após atropelar o vigilante Jair, abandonou o carro e seguiu a pé. Enquanto Rafael estava sendo velado, Bernardo foi preso pela polícia argentina, em um ônibus, em Monte Caseros, ainda com a arma usada no crime. A motivação do assassino permanece um mistério.
O processo
Bernardo responde por homicídio duplamente qualificado, em relação ao advogado e por tentativa de homicídio qualificado em relação a Jair Pinto Rodrigues, um vigilante a quem atropelou sobre a Ponte Internacional Getúlio Vargas/Agostín Pedro Justo, enquanto fugia. O Jornal CIDADE apurou ainda que a ação contará com um assistente de acusação, contratado pela família de Rafael. Será o advogado Rodrigo de Oliveira Vieira, ex-promotor de Justiça, que recentemente exonerou-se do Ministério Público e instalou escritório de advocacia em Uruguaiana. Dos 16 anos em que atuou como promotor de Justiça, Vieira trabalhou cinco em Uruguaiana, atuando inclusive no Tribunal do Júri.
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