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Nova Unidade

Criado núcleo multidisciplinar de combate pedofilia e abuso infantojuvenil

Leonardo Ambrosio/Ascom IGP - A nova unidade terá atuação especializada em crimes contra crianças e adolescentes

Foi criado, na última quinta-feira, 24/7, o Núcleo de Combate à Pedofilia e ao Abuso Infantojuvenil (Nucope), vinculado ao Instituto-Geral de Perícias (IGP). A nova unidade terá atuação especializada em crimes contra crianças e adolescentes, com o objetivo de agilizar respostas, qualificar a coleta de provas e ampliar as ações de acolhimento às vítimas. 

A criação ocorre em resposta ao aumento dos registros de crimes sexuais infantojuvenis e representa um avanço estratégico na estrutura da segurança pública estadual. O núcleo contará com uma equipe multidisciplinar, reunindo especialistas em informática forense, genética forense e perícia psíquica, áreas essenciais para a elucidação desses crimes e para a garantia de suporte às vítimas. 

“A partir desta união de esforços técnicos, estamos fortalecendo nossa capacidade de enfrentar crimes graves que afetam diretamente nossas crianças e adolescentes. O Nucope é uma resposta moderna, ágil e qualificada da perícia gaúcha”, afirmou o diretor-geral do IGP, Paulo da Cruz Barragan. 

Integração 

De acordo com o perito criminal Marcelo Nadler, que coordena o Nucope, a integração entre os setores técnicos permitirá ao IGP ampliar a coleta de vestígios em locais de crime e entregar resultados mais sólidos para as investigações. "Cada setor traz um conhecimento técnico essencial. Essa união vai nos permitir dar respostas mais eficazes à sociedade", explica. 

A informática forense, por exemplo, atua na identificação e rastreamento de crimes digitais, sendo decisiva em casos de armazenamento ou compartilhamento de imagens de abuso. A partir de softwares avançados, os peritos conseguem coletar provas digitais no próprio local da ocorrência, o que muitas vezes é determinante para prisões em flagrante. 

Já a genética forense é crucial na análise de vestígios biológicos coletados em vestes, veículos e locais dos crimes. O laboratório do IGP pode determinar a identidade genética dos agressores, oferecendo provas materiais robustas que complementam os dados obtidos pela informática e contribuem para ações eficazes da Justiça. 

Suporte emocional e provas psíquicas 

Outro eixo fundamental do Nucope é a perícia psíquica, que atua tanto no acolhimento das vítimas quanto na avaliação dos danos psicológicos causados pelos abusos. Psiquiatras e psicólogos especializados avaliam o funcionamento mental da criança ou adolescente e identificam elementos que podem ser utilizados como prova durante o inquérito policial. 

Esse trabalho permite compreender o impacto do crime sobre a vítima, estabelecer nexo causal com os fatos investigados e contribuir com estratégias mais humanizadas de recuperação e assistência. 

Prevenção e responsabilização 

Além da atuação direta em casos investigativos, o núcleo também terá papel ativo em ações educativas, voltadas à prevenção de abusos e conscientização de familiares. A proposta é que o núcleo contribua para uma cultura de proteção, informação e enfrentamento das violências contra crianças e adolescentes. 

O IGP reforça que a criação do Nucope é um passo importante na consolidação de uma resposta mais especializada e integrada aos crimes de pedofilia e abuso sexual infantojuvenil. A meta é combinar técnica, sensibilidade e agilidade para proteger vítimas, qualificar as provas e responsabilizar agressores com mais eficiência. 


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