Incêndio
Laboratório de Bioquímica pega fogo na Unipampa
Na madrugada de quinta-feira, 30/3, um incêndio atingiu o Laboratório de Bioquímica e Toxicologia em C. elegans, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), campus Uruguaiana. O espaço foi totalmente atingido pelas chamas e está sem condições de uso. Ao longo de todo dia equipes foram destinadas para limpeza do local e para que se possa fazer, o quanto antes, um inventário das perdas. Não houve vítimas.
“Tivemos uma perda bem significativa, que o pessoal ainda está fazendo um levantamento, mas estima que em equipamentos foram perdidos mais de R$ 1 milhão”, relata a diretora do campusCheila Stopiglia.
Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local havia fumaça saindo de dentro do laboratório. Foi feita uma averiguação e constatado que um aparelho de ar-condicionado era a fonte do fogo. De acordo com os bombeiros, possivelmente por problemas elétricos, já que a fiação também estava queimada. Segundo relato do vigilante da Unipampa, Anderson Pereira, que presenciou o fato, houve uma falta de energia elétrica e após voltar a energia a fumaça começou a sair do laboratório.
O laboratório de bioquímica atendia cerca de 25 estudantes, desde alunos de ensino médio que fazem iniciação científica na universidade até os acadêmicos da graduação, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos. “Como é recente, tem atividades que eles desenvolviam de pesquisa que não vão mais poder ser realizada de forma imediata, pois se perdeu material, se perdeu o verme C. elegans que é dos Estados Unidos, que precisará ser comprado novamente uma nova cepa”, destaca Cheila.
“O momento é de reconstrução, algumas coisas eu acredito que aqui no campus a gente consiga realocar, mas com certeza os prejuízos são imensos naquilo que perderam dos experimentos e que não tem como recuperar e por não ter o espaço adequado para continuar”, afirma a diretora.
Relatos de estudantes do campus reafirmam os constantes problemas com a rede elétrica. “Sempre tivemos medo de que isso acontecesse e de fato aconteceu, a energia elétrica na universidade é um descaso”, afirma um dos membros do programa de pós-graduação em bioquímica. Os acadêmicos relatam que trabalham com organismos vivos e que necessitam de uma temperatura controlada, para que não percam dias de trabalho em uma situação como essa. Conforme os estudantes, é recorrente a falta de luz no campus.
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