URUGUAIANA JN PREVISÃO

Doença

Modulada de Uruguaiana registrou sete casos de tuberculose em 2023

Autor desconhecido/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - A Penitenciária possui atualmente 591 presos

Um projeto proposto pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) será aplicado nos presídios gaúchos no intuito de contribuir para a eliminação da tuberculose no sistema prisional vai iniciar nos próximos meses. As primeiras reuniões de alinhamento para o desenvolvimento da iniciativa foram realizadas na quinta-feira, 11/01, nas secretarias de Sistemas /Penal e Socioeducativo (SSPS) e da Saúde (SES). 

Além do Rio Grande do Sul, o projeto ocorrerá em Goiás, São Paulo e Espírito Santo. Os sistemas prisionais do Paraguai e de Moçambique também serão abrangidos pela ação. A iniciativa conta com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e será coordenada pela professora da Unisc, Lia Possuelo. 

Para Possuelo, a expectativa é de que a triagem, atrelada à educação, possa diminuir as taxas gerais de transmissão da doença entre indivíduos encarcerados nos locais selecionados e proporcionar benefícios à saúde da população em geral. Na Penitenciária Modulada de Uruguaiana, segundo o diretor Alex Gomes, foram registrou sete casos de tuberculose em 2023. Todos os pacientes receberam os devidos cuidados e nenhum óbito foi registrado em razão da doença.  

O risco de adoecimento por tuberculose entre a população privada de liberdade é 28 vezes maior do que entre a população em geral. O Brasil tem como meta reduzir a incidência de tuberculose para menos de dez casos a cada 100 mil habitantes. Para atingir esses indicadores, é necessário identificar estratégias que potencializam a implementação de tecnologias para aprimorar o acesso, o rastreamento, a triagem, o diagnóstico e o tratamento da tuberculose ativa no sistema prisional. 

“A nossa parceria com a Unisc tem se mostrado muito qualificada e trazido muitos benefícios à população. Esse é mais um momento em que pesquisa, ensino e atendimento às pessoas, neste caso, privadas de liberdade, promovem e cuidam da saúde da população”, ressaltou a secretária-adjunta da Saúde, Ana Costa, que participou da reunião. “A tuberculose precisa ser cuidada para que se diminua a cadeia de transmissão. Fazermos isso juntos beneficia toda a população gaúcha.” 

A partir do projeto, novos conhecimentos referentes ao controle da tuberculose no ambiente prisional serão produzidos e poderão servir como base para a qualificação e o desenvolvimento de políticas públicas. Além disso, as ações poderão culminar na disseminação de técnicas para aprimorar o desempenho das equipes de trabalhadores da área e ampliar a participação de instituições de ensino e pesquisa em espaços como o sistema prisional. 

 

Execução do projeto 

 

O projeto será realizado em quatro etapas. Na primeira, será feito um diagnóstico da situação da tuberculose no sistema prisional, com rodas de conversas com servidores e levantamento de indicadores. Na segunda, serão realizados eventos informativos para trabalhadores da comunidade carcerária. A terceira etapa será exclusiva ao Rio Grande do Sul, que passará por um estudo piloto. Oito unidades prisionais, com diferentes incidências de tuberculose, serão selecionadas para que a eficiência do processo de triagem em massa no controle da doença seja avaliada. Ao todo, 5 mil pessoas privadas de liberdade passarão por testes no Rio Grande do Sul. A quarta fase será marcada pelo monitoramento e pela avaliação das ações. 


Lei do Silêncio: Movimento dos delegados vai completar um mês no dia 20 Anterior

Lei do Silêncio: Movimento dos delegados vai completar um mês no dia 20

Em 2023, RS teve menor número de mortes violentas desde 2010 Próximo

Em 2023, RS teve menor número de mortes violentas desde 2010

Deixe seu comentário