Polícia civil gaúcha desarticula grupo especializado no “golpe do envelope vazio”
Pelo menos cinco integrantes de uma organização criminosa especializada no chamado “golpe do envelope vazio” foram presos durante operação deflagrada nesta semana pela Polícia Civil em Porto Alegre. A modalidade consiste na compra de produtos pela internet, mediante simulação de depósito em caixas eletrônicos que aceitam cédulas em invólucro de papel.
Outros dois investigados já cumprem sentença em penitenciárias gaúchas, de onde participavam do esquema – contando com a ajuda de suas companheiras fora da cadeia. O grupo é apontado como autor de quase 30 incidentes desse tipo (número possivelmente maior), que teriam rendido cerca de R$ 160 mil aos estelionatários. Algumas das vítimas relatam, ainda, ter sofrido ameaça ao interpelar os suspeitos.
A tática já é manjada pelas autoridades, mas ainda faz novas vítimas a todo momento. Com uma ou outra variação, a prática funciona por meio de perfis fajutos em redes sociais ou sites de compra e venda (Mercado Livre, OLX etc.), o golpista acerta a compra de certo item anunciado por alguém (a vítima). O pagamento é então combinado por depósito bancário. Ele insere no equipamento um invólucro vazio, aproveitando-se da brecha de que o comprovante é emitido mesmo se não houver dinheiro – a máquina apenas indica ter recebido o envelope.
O “canhoto” é mostrado ao vendedor (pessoalmente ou por whatsapp, por exemplo) fora do expediente bancário, alegando que o horário fará com que a pessoa tenha de esperar até o dia seguinte. De posse do produto adquirido, o estelionatário não responde mais às tentativas de contato pelo vendedor. Em muitos casos, encerra a conta virtual e cria um novo perfil, pronto para ludibriar outros incautos.
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