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Polícia Civil investiga ameaça de atentado contra Colégio Santana
Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
A Polícia Civil investiga uma série de ameaças de atentado contra o Colégio Marista Santana, realizadas por um ex-aluno através de postagens em redes sociais e gravações de áudios compartilhadas inicialmente por meio do aplicativo WhatsApp. A investigação está sendo comandada pelo delegado Enio Tassi, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Os áudios chegaram ao conhecimento da polícia através da própria escola e a Delegacia passou a monitorar o referido aluno por meio de um procedimento apuratório de ato infracional (PAI). De acordo com a escola, o menor foi desligado da instituição por motivos pessoais, no meio do ano passado, e atualmente estuda em uma escola pública. As ameaças dizem respeito sobre realizar um atentado à escola, nos moldes do que houve em Suzano/SP e a motivação seria ações de bullying sofridas por ele quando ainda estudava na instituição de ensino.
De acordo com o Delegado, "as comunicações efetuadas à Polícia Civil nesses casos são objeto de investigação, assim como qualquer outro crime comunicado, porém, sempre que fatos envolvem crianças e adolescentes a preocupação é maior e, por isso, a Polícia Civil tem tratado com muito empenho casos de violência e de uso de redes sociais para expressar violência ou ostentar armas ou imagens que possam causar ameaça algum ato infracional ou mesmo crime no meio escolar".
Porém, ele esclarece que "as medidas tomadas pela Polícia Civil em Uruguaiana, com ciência e apoio do Ministério Público e Poder Judiciário, são absolutamente preventivas. Nada de materialidade foi encontrado que leve a concluir por ataques no Colégio Marista ou em outra escola de Uruguaiana".
"Os fatos estão sendo investigados com profissionalismo e seriedade, porém a rotina do educandário deve seguir normalmente. A gente pede aos pais, professores e alunos que evitem divulgar fatos que não tenham ciência ou enviar mensagens com conteúdo irreal a fim de não prejudicar investigações ou causar pânico na população escolar", finaliza Tassi
Em nota, a escola ressaltou que tão logo tomou conhecimento sobre os áudios, "acionou as autoridades competentes e as providencias cabíveis já estão sendo tomadas". "De forma preventiva, dado o clima de insegurança, estamos ampliando nossas ações de segurança. Contratamos empresa terceirizada que fará o monitoramento durante todo o horário escolar", declarou.
Questionada pelo Jornal CIDADE, a escola explicou que não recebeu nenhuma ameaça específica. "Tivemos conhecimento que houve em redes sociais pessoais do menor que ele estaria planejando ataques além de várias postagens que indicava suicídio, e entramos em contato com a Polícia Civil. A partir do depoimento dele foi aberto um processo investigativo que estaria correndo em caráter de sigilo. Por ser sigilo há vários fatos que não temos o devido conhecimento, apenas sabemos que ele está sendo monitorado pelos órgãos competentes. e como mencionamos na nota a Polícia está agindo em conjunto conosco, nos dando todo o apoio e segurança necessária".
Na tarde de ontem, a escola se reuniu com pais de alunos para tratar do tema. A fim de mitigar o impacto emocional das ameaças no corpo discente agendou com uma empresa de assessoria em psicologia, que realizará "momentos com nossos estudantes dos Anos Finais e Ensino Médio", no próximo dia 26. Houve ainda momentos de escuta em sala de aula durante as atividades escolares desta quinta-feira, 18/4, quando foram suspensos passeios e avaliações, concentrando as atividades no cuidado emocional dos estudantes, com mediação de coordenações e Pastoral Escolar. "Para os educadores já também como consta em nosso calendário teremos um retiro onde o tema "cuidado" será trabalhado com todos", disse a escola por meio de sua assessoria de comunicação.
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