URUGUAIANA JN PREVISÃO

Violência contra a mulher

Tentativas de feminicídios aumentam em Uruguaiana

Ilustração imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

A Secretaria de Segurança Pública divulgou os indicadores criminais contra a mulher monitorados no mês de fevereiro deste ano. Em comparação com o ano passado, Uruguaiana registrou um aumento nas tentativas de feminicídios. Em 2021 não foram registradas tentativas no segundo mês do ano, já em 2022, foram três casos registrados.

O último registro de tentativa de assassinato de mulheres em fevereiro no município, antes do ano de 2022, havia sido em 2017, quando foram registradas cinco ocorrências.

Por outro lado, o município mostrou uma estabilidade nos feminicídios consumados. Tanto em 2021 quanto em 2022 não foram registrados assassinatos de mulheres em razão de gênero em fevereiro. O último feminicídio consumado no mês de fevereiro em Uruguaiana foi registrado em 2013, ocasião em que duas mulheres foram mortas.

Essa estabilidade de números também foi vista nos registros de estupros em Uruguaiana. No segundo mês de ambos os anos, duas mulheres foram estupradas e registraram o fato.

Em relação às ameaças, os números reduziram 19,4%. Em 2021 36 mulheres sofreram ameaças, já neste ano foram 29. Em contrapartida, as lesões corporais em mulheres em Uruguaiana aumentaram 64,7%. Ano passado foram contabilizadas 17 agressões físicas contra as mulheres, já em 2022 foram 28.

Estado

Depois de iniciar 2022 com um caso a menos em janeiro, na comparação com o primeiro mês de 2021, os feminicídios voltaram a subir em fevereiro. Subiu de seis, no ano passado, para nove vítimas neste ano o número de mulheres assassinadas em razão do gênero no Rio Grande do Sul. isso representa um aumento de 50%. O acumulado do bimestre também fica em alta, com dois casos a mais, de 17 para 19, ou seja, 11,8%.

Já as tentativas de feminicídio no RS mostraram uma queda de 13,6%. Foram 22 tentativas em fevereiro de 2021 e no mesmo mês em 2022 foram registradas 19 tentativas de feminicídio

Ao contrário dos feminicídios, nos demais indicadores de violência contra a mulher monitorados pela SSP o quadro geral é de queda. Em fevereiro, apenas as ocorrências de lesão corporal tiveram leva alta, de 0,7%, frente ao mesmo mês de 2021. No bimestre, os quatro indicadores acompanhados -ameaça, lesão corporal, estupro e tentativa de feminicídio- ficaram abaixo do registro no mesmo período do ano passado.

Perfil

O perfil das vítimas reforça, mais uma vez, a urgência de conscientização entre a população gaúcha quanto à necessidade de levar à polícia todo e qualquer caso de abuso contra as mulheres tão logo se tenha conhecimento do fato e seja qual for a gravidade aparente. Entre as nove vítimas, eram quatro as que tinham algum registro de ocorrência anterior contra o autor do feminicídio ou outro agressor. Outras cinco acabaram mortas sob o manto do silêncio social que impede milhares de mulheres de darem o primeiro passo para romper o ciclo de violência.

Para que ocorra uma mudança de contexto é necessário que as mulheres não se calem. A denúncia, com anonimato 100% assegurado pelas autoridades, é o primeiro passo. Além do 190 da Brigada Militar para situações de urgência, a SSP mantém o Disque-Denúncia 181 e a Polícia Civil disponibiliza o WhatsApp 51 98444-0606 para a comunicação de qualquer suspeita de abuso.


Trio é preso por tráfico de drogas Anterior

Trio é preso por tráfico de drogas

Ensino de qualidade reduz violência, diz estudo Próximo

Ensino de qualidade reduz violência, diz estudo

Deixe seu comentário