A Assembleia Legislativa rejeitou o projeto de lei 69/2018, proposto pelo Governo Sartori, que previa a ampliação do prazo para a realização de plebiscito sobre a privatização ou federalização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) e da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Esta é uma das exigências do presidente Michel Temer (PMDB) para a adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal.

A votação se estendeu até o início da noite e foram 29 votos contrários ao projeto e 23 a favor. Ao final, servidores públicos que lotaram as galerias no Plenário e parlamentares das bancadas de oposição (PT, PCdoB, PSOL, PDT) e de outras que foram contrarias à proposta comemoravam com gritos de "Fora Sartori". Em frente ao parlamento gaúcho, na Praça da Matriz, as comemorações continuaram com direito a fogos de artifício, buzinaços e mais gritos.

A líder da Bancada do PT, deputada Stela Farias foi uma das poucas parlamentares da oposição a subir à tribuna, durante a sessão para abordar o assunto. Disse que o governo Sartori, "obcecado pela venda das estatais, tentou retirar da Constituição Estadual a necessidade de consultar a população através de plebiscito. Tentou retirar e perdeu! Voltou atrás e agora, às vésperas da eleição, num governo cuja marca é o desmonte, a extinção, a redução, precisa urgente apresentar alguma realização". Ela afirmou que só há uma palavra capaz de sintetizar para a população gaúcha o comportamento do Governo Sartori em relação ao seu súbito arroubo de democracia, há cinco meses da eleição: malandrage