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Candidatos começam a anunciar apoios para o segundo turno

Imediatamente após o término da apuração das eleições de domingo, 7/10, os candidatos que estão no segundo turno, Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB), já falavam na busca pelo apoio dos candidatos ao Piratini que deixaram a disputa.

Ainda no domingo, Jairo Jorge (PDT) disse que o partido deve declarar apoio a um dos candidatos. No entanto, não informou se o posicionamento vai ser favorável a Leite ou a Sartori (MDB). Uma reunião do Partido estava marcada para ontem, mas até o fechamento desta edição, nenhum posicionamento havia sido anunciado.

Em entrevista coletiva na ocasião, ele também disse que sai fortalecido da disputa, citando, por exemplo, que os 656 350 votos que conquistou são mais que o dobrou dos 263 062 feitos pelo PDT na campanha de 2014, quando Vieira da Cunha disputou a vaga. Naquela ocasião, o PDT apoiou Sartori, contra Tarso Genro (PT).

O petista Miguel Rossetto, que obteve 17,75% dos votos, confirmou que não vai dar apoio a nenhum dos dois candidatos. Ele disse que o Partido irá mobilizar-se fortemente em prol de Fernando Haddad, que segue na disputa à Presidência, contra Jair Bolsonaro (PSL).

O posicionamento foi reforçado pelo presidente estadual da sigla, Pepe Vargas. "Agora nossa principal tarefa é organizar nossas forças para a campanha de Haddad aqui no Rio Grande do Sul". Segundo o Partido, nenhuma das candidaturas que seguem na disputa representa os projetos da sigla. "Obviamente faremos oposição a Eduardo Leite e José Sartori", disse. "Nós, que já fomos governo, saberemos ser oposição e preservar os interesses do povo gaúcho. Vamos defender a escola pública, o direito à saúde pública. Vamos defender o patrimônio público e a inclusão social", concluiu Rossetto.

Já Mateus Bandeira, que desde o início do pleito defendeu firmemente suas posições e não poupou críticas ao PSDB, emitiu posição formal, apoiando Sartori na disputa contra seu conterrâneo tucano. Aliás, ao longo da campanha eleitoral, Bandeira e Leite tiveram fortes embates nos debates.

"Da mesma forma como sempre me posicionei no primeiro turno, não teria como ficar em cima do muro no segundo. Sempre tive lado. Até aqui, sustentamos as candidaturas que eram as ideais, mas no dia 28 de outubro teremos de escolher as melhores disponíveis. As diferenças entre os candidatos são grandes e, portanto, representarão caminhos bem distintos para o Brasil e o Rio Grande do Sul. Liderando as mudanças necessárias para o Estado sair da crise, José Ivo Sartori é o nome mais qualificado para o governo do Estado nessa disputa final. Demonstrou em seu primeiro mandato que tem experiência e responsabilidade como gestor. Em seu governo, sancionou a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual - medida de extrema necessidade para o saneamento das contas e da qual participei de sua concepção, lá atrás, como secretário de Planejamento, quando não tivemos êxito em aprová-la. Propôs o plebiscito sobre a possibilidade de privatização ou federalização de estatais, mas foi traído por aliados recentes que preferiram o oportunismo eleitoral ao enfrentamento dos problemas reais. A continuidade de Sartori é uma garantia de que o caminho para equilíbrio financeiro do RS avançará e, com isso, a possibilidade de recuperar investimentos em áreas prioritárias como segurança, saúde e educação".

Bandeira destacou ainda que o pleito - o primeiro do Novo - fortaleceu o projeto. "Desde que decidi ser candidato a governador, assumi o compromisso de falar a verdade. De forma aberta e transparente, manifestei posições firmes - muitas delas consideradas antipáticas e impopulares. Eu e meu vice, Bruno Miragem, pautamos questões que eram vistas como tabus. Tenho convicção de que elevamos a discussão política e trouxemos luz a temas urgentes que sequer eram tratados em outras eleições. Apesar da pouca estrutura partidária, do exíguo tempo de TV e de não contar com recursos do fundo partidário e eleitoral, levamos a nossa mensagem adiante e conquistamos a confiança de 200.877 eleitores. Os critérios utilizados pela Globo, reproduzidos por sua afiliada no Rio Grande do Sul, prejudicaram nossa candidatura: não tivemos chance de participar de um programa de grande audiência, pois a emissora baseou-se em pesquisa eleitoral que retratava o quinto candidato com 4% das intenções, quando o mesmo atingiu apenas 0,15% dos votos. Na mesma linha, não pudemos participar do debate decisivo, com maior repercussão.  Dentro de nossas limitações, fizemos parte do início de um processo para melhorar a forma como se faz política, investindo nosso tempo e nossos recursos. Participando ativamente do processo eleitoral, oferecemos a nossa contribuição para um Rio Grande melhor. Por tudo isso, agradecemos a confiança e o empenho de todos que acreditaram nos nossos propósitos e, com coragem, escreveram esta nova página na história da democracia. A receptividade às ideias do Novo foi comprovada pela eleição de Marcel van Hattem, o deputado federal mais votado no Estado. Também elegemos dois deputados estaduais: Fábio Ostermann e Giuseppe Riesgo. E, nacionalmente, João Amoêdo superou a casa dos 2,6 milhões de votos. O Partido Novo já é um projeto vitorioso.

No plano nacional, Bandeira disse que "Jair Bolsonaro será o voto de todos os brasileiros que querem evitar o evidente retrocesso caso o PT retorne ao poder. Um verdadeiro deboche à Justiça e às instituições. Assim como eu, Bolsonaro e Mourão propõem prioridade absoluta para a segurança pública e a restauração da ordem no país. Defendem o direito de legítima defesa, com a revogação do Estatuto do Desarmamento, e a necessária segurança jurídica para o agronegócio. Assim como eu, Jair Bolsonaro defende os valores da família", e finalizou dizendo que "ambos podem contar com o meu engajamento e apoio entusiasmado nessa reta final".


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