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Greve da Receita Federal pode gerar desabastecimento, afirma entidade
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Segundo a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Brasil (Cisbra), a operação-padrão feita pela Receita Federal em protesto ao Orçamento de 2022 ameaça o abastecimento nacional. Em nota, a entidade disse que o movimento tem causado "prejuízos irreversíveis às empresas." Segundo declaração do presidente da entidade, os efeitos podem vir a ser sentidos em Uruguaiana.
A Receita Federal tem como responsabilidade a administração dos tributos federais e o controle aduaneiro, além de atuar no combate à evasão fiscal. A operação-padrão ou operação tartaruga, foi a primeira resposta dos servidores públicos à aprovação do Orçamento de 2022 que garantiu reajustes salariais apenas para carreiras policiais, que integram a base do governo. A ação consiste em uma fiscalização mais lenta ao adotar um rigor excessivo na análise de declarações, documentos e pedidos de importação e exportação.
"Nos próximos dias é muito provável que vejamos ausências de produtos de diversas cadeias produtivas, especialmente em regiões com logística mais complicada", afirmou Arno Gleisner, diretor de Comércio Exterior da Cisbra.
De acordo com a Câmara, os impactos são observados a partir do atraso na liberação das mercadorias, que atingem "cerca de 4% das importações escolhidas aleatoriamente para passarem pelo canal vermelho (item de maior atenção pelos fiscais), uma fiscalização mais rígida que costuma ser de 3 a 5 dias e, com a greve, pode demorar até 20 dias."
O diretor da entidade menciona ainda o impacto severo sobre as aduanas de Foz do Iguaçu, no Paraná, e em Uruguaiana, que estão entre as maiores do Brasil em número de processos.
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