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Marcel Van Hatten faz campanha em Uruguaiana

Gabriela Barcellos/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

O ex-deputado estadual e candidato a deputado federal pelo Partido Novo, Marcel van Hatten, esteve em Uruguaiana, acompanhando a visita do candidato da agremiação ao Palácio Piratini, Mateus Bandeira. Ele conversou com exclusividade com o Jornal CIDADE.

Van Hatten foi eleito vereador de Dois Irmãos, sua terra natal, em 2005, pelo Partido Progressista (PP). No ano seguinte, com apenas 20 anos, concorreu a deputado estadual pela primeira vez. Da segunda, em 2014, fez mais de 35 mil votos, tornando-se o primeiro suplente da bancada. Em 2015 tomou posse na Assembleia Legislativa, onde permaneceu até 2017, quando deixou o PP e filiou-se ao Novo. "O Novo é o partido cujos princípios eu mais concordo, e não existia quando me filiei ao PP. Além do alinhamento de ideias - defesa do indivíduo como único gerador de riqueza, o cidadão como agente transformador da sociedade, a igualdade de todos perante a lei, a valorização da transparência, o foco no corte de privilégios, o corte de gastos desnecessários, a defesa da privatização - há ainda o fato de que, se olharmos para o ambiente nacional, todos os partidos tradicionais estão absolutamente corrompidos. O PP, mas também o PMDB, o PSDB. Se olharmos para as lideranças dos partidos tradicionais, todos envolvidos em escândalos de corrupção ou sendo investigados, e os filiados na base praticamente não têm voz. Isso decorre do sistema político altamente centralizado, do financiamento público dos partidos. Todos recebem verbas do Fundo Partidário e, portanto, não prestam contas para seus filiados. Os filiados, como não contribuem com o partido, podem espernear o quanto quiserem que dificilmente têm voz. Era meu caso. E no Partido Novo não é assim, porque o Novo não usa dinheiro público, se financia somente com o dinheiro de seus próprios filiados, que pagam voluntariamente uma contribuição, e lá em Brasília, portanto, vou ter muito mais liberdade trabalhando em favor de minhas ideias, em um partido com pessoas ficha limpa, do que em outro partido em que primeiramente teria que buscar combater a corrupção interna. Isso não quer dizer que os partidos tradicionais, inclusive PP, não tenham boas pessoas no nível local, e até mesmo nacional. Existem pessoas boas que tentam, como eu tentei por muito tempo, combater a corrupção interna. E muitas pessoas, que estão ali para mudar a política, nos próximos tempos também vão passar dos partidos tracionais e vão entrar no Novo, certamente".

Com sua saída do PP, um grupo considerável de apoiadores de Van Hatten também migrou para o Novo. "Houve pessoas que vieram, algumas inclusive estão concorrendo a deputado estadual. Algumas lideranças locais e pessoas que eram filiadas ao PP. Mas o mais importante é que essas pessoas não passaram para o Novo unicamente porque o Marcel foi para o Partido Novo, mas porque elas também concordam com essas ideias", diz. Ele cita ainda que tem recebido apoio de filiados ao PP em várias cidades. "Lá em Dois Irmãos temos pessoas que são do PP e estão me apoiando, como o vereador que preside a Câmara. Em Três Corroas a Executiva da PP fechou em torno da minha candidatura, e várias outras pessoas do partido estado afora têm ajudado também porque mantive muitas amizades, pessoas com quem tenho afinidade pessoal e ideológica, que o mais importante. Assim como pessoas que perderam a esperança no sistema político onde estão e só não migraram ainda para o Novo porque o ele é um partido de longo prazo. É nossa segunda eleição, a primeira eleição geral. Na próxima vamos disputar em muitos municípios, mas também não a qualquer custo. Vai ter muitos municípios em que o Novo não vai chegar, com diretório montado, porque queremos ir passo a passo, do jeito correto", afirma.

Ao destacar aquelas que serão suas prioridades na Câmara Federal, se eleito, Marcel citou a segurança pública. "Vivemos uma situação terrível no Brasil. Mais de 60 mil homicídios por ano, Porto Alegre é a 39ª cidade mais violenta do mundo. Polícia mal valorizada, mal equipada porque o orçamento vai para outras áreas - inclusive desnecessárias para o Estado -, vai para corporações que se beneficiam do Estado em vez de servir ao público", diz. Para ele, é preciso endurecer as leis penais. "Bandidos hoje é preso, e é solto; é preso de novo, é solto de novo. Comete várias vezes o mesmo crime e não tem uma punição mais severa para ele em virtude disso", considera.

Ele também destaca a necessidade de construção de mais presídios, por meio de parcerias público-privadas (PPPs), "É mito dizer que o Brasil prende demais. Nós temos impunidade demais. É por isso que tem que ter presídios adequados, onde os presos trabalhem para pagar seu sustento dentro da cadeia. Porque é absurdo que nós, cidadãos, tenhamos que pagar duas vezes: uma pelo crime cometido e uma segunda vez para manter o preso na cadeia", destacou.

Outro ponto é a revogação do Estatuto do Desarmamento. "Ainda mais quando o Estado não garante a segunda pública dos cidadãos, também não garante seu direito de defesa - obviamente que cidadãos treinados e psicologicamente apto a usar uma arma de fogo. Muito também em defesa daquelas pessoas que, no interior, tem propriedade e precisam defendê-la. Esse conjunto de fatores que nos deixam em uma sociedade muito insegura precisa ser combatido. E Brasília é o local correto".

Ele cita ainda a necessidade de reduzir a máquina pública, cortar privilégios e gastos. "O Novo tem dado exemplo nas câmaras. Eu também dei na Assembleia: não retirei nenhuma diária, abri mão do aumento de salário concedido pelos deputados a si mesmos, usei menos de um terço da verba ade gabinete, coloquei ponto eletrônico para os nossos colegas de trabalho terem um melhor controle sobre as próprias atividades de uma forma transparente", disse.

Por fim, Van Hatter citou ainda algumas outras medidas que considera fundamentais: privatizar estatais, defender as reformas (tributária, trabalhista e previdência). "É preciso tirar os privilegiados, os benefícios exagerados e imorais, e permitir que quem está na iniciativa privada, e também no setor público, tenha uma aposentadoria digna, mas jamais destoante dos restantes", explica. E ainda combater as ideologias e doutrinações nas escolas. "Eu costumo dizer que a corrupção não tem ideologia. Tem corrupção em qualquer lugar do mundo. E para combater é importante que os mecanismos institucionais sejam fortalecidos para baixar a impunidade. A gente vê muitos países que tem menos corrupção muito em virtude disso. Mas, se a corrupção não tem ideologia, há ideologias que são inerentemente corruptas, que o caso do marxismo. É uma ideologia que não sobrevive sem corrupção, que se alimenta da corrupção. E, portanto, precisa ser combatida. Precisamos combater todo o tipo de doutrinação ideológica em sala de aula, combater todo o tipo de ideologia de gênero que tentam implantar sob a desculpa da igualdade perante a lei de homens, mulheres, e de qualquer cidadão, que é o que o Novo também defende. Isso é algo que não se deve ensinar nas escolas. A família é quem deve ser responsável pela educação de seus filhos e o ensino em sala de aula, que é cada vez pior, precisa focar naquilo que realmente é de interesse do estudante: matemática, português, química, física, etc.... Estamos discutindo muitas outras pautas acessórias, ou mesmo doutrinarias, dentro das escolas em lugar de discutir e ensinar aquilo que realmente é necessário e que hoje não é ensinado, e por isso o Brasil tem ido tão mal nos rankings e tem gestado uma geração de analfabetos funcionais, lamentavelmente", conclui

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