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POLÍTICA

Município quitou a folha de pagamento

Gabriela Barcellos/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

O Poder Executivo conseguiu quitar a folha salarial de janeiro dentro do prazo legal. Todos os servidores já estão com seus salários depositados.

Este foi o resultado de uma série de adequações feitas pelo secretário de Fazenda, Valdir Venes, e sua equipe, pra enfrentar a grave crise financeira que assola o município e que se agravou desde o sequestro de mais de R$ 9 milhões das contas do município pelo Tribunal de Contas do Estado.

De acordo com Venes, o município apertou ainda mais o cinto e montou "uma engenharia financeira que permita cumprir com esta obrigação prioritariamente".  A expectativa era de que os pagamentos fossem realizados até o dia hoje, 31/1, último dia útil do mês, mas já na terça-feira, 29/1, foi possível encaminhar os valores, um montante de cerca de R$ 7 milhões.

Enquanto isso, o município aguarda o julgamento de dois recursos que visam derrubar o bloqueio judicial e recuperar os valores sequestrados. De acordo com o secretário de Governo, Paulo Fossari, trata-se de um recurso junto ao próprio Tribunal de Justiça do Estado e outro junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ambos ainda não têm previsão de julgamento.


Bloqueio

O município foi surpreendido com um bloqueio judicial em suas contas, no dia13 de dezembro. Ao todo, R$ 9.334.413,12 foram sequestrados com a justificativa de pagar precatórios devidos pelo município. O bloqueio, que não teve aviso prévio e foi descoberto pela Sefaz ao abrir o 'dia financeiro' naquela quinta-feira, desrespeitou um acordo firmado entre TJ e Executivo Municipal. No início de sua gestão, Ronnie se reuniu com o órgão e comprometeu-se em efetuar repasses mensais de R$ 500 mil para quitação de tais dívidas, com a garantia que não haveria bloqueios judiciais a fim de não inviabilizar o município. O acordo vinha sendo rigorosamente cumprido pelo município, que recentemente acrescentou R$ 109 mil ao valor. Esse recurso, de acordo com Venes é oriundo da economia com FGTS desde que o Executivo promoveu a transposição de regime dos servidores.

Diante da situação, o Executivo ingressou com um pedido de reconsideração ao TJ, buscando recuperar o valor sequestrado, mas o pedido foi indeferido pelo presidente do TJ, desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro.

O TJ alega que o valor pago mensalmente pelo município fica bem aquém da chamada parcela suficiente para que o município quite toda sua dívida de precatório, hoje R$ 153 milhões, até 2024, conforme determina a legislação, o que justificaria o bloqueio.

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