Cronograma
Vacina contra bronquiolite ainda não chegou à rede municipal

Divulgação - Apesar da aprovação em fevereiro para uso no SUS, a vacina contra bronquiolite ainda não foi distribuída aos municípios, e a expectativa é que esteja disponível apenas a partir de setembro, conforme cronograma do Ministério da Saúde.
Mesmo após ser oficialmente incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a bronquiolite ainda não está disponível para a população. A informação foi confirmada pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Eduarda Oliveira. Segundo ela, não há doses disponíveis até o momento, e nenhum município do país recebeu o imunizante, apesar da decisão publicada pelo Ministério da Saúde em fevereiro.
“A informação que tenho é que ainda não recebemos as doses, mesmo com a incorporação ao SUS. A vacina ainda não foi introduzida no calendário. A portaria de fevereiro de 2025 determina que será introduzida, mas estabelece prazo de 180 dias para que seja efetivada a atualização por parte do Ministério da Saúde. Assim, a previsão de atualização é de que seja incorporada ao calendário a partir de setembro. Até o momento, nenhum município recebeu a vacina”, detalhou.
Publicação oficial e prazos
A medida consta nos despachos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, publicados em 24/2. De acordo com o documento, foi autorizada a incorporação da vacina recombinante VSR A e B para gestantes, com foco na prevenção de doenças respiratórias em recém-nascidos. O texto oficial estabelece que as áreas técnicas do Ministério da Saúde têm até 180 dias para efetivar a oferta da vacina no SUS, ou seja, o cronograma de distribuição poderá se estender até setembro.
A recomendação partiu da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), com relatório disponível no portal oficial do Ministério da Saúde (www.gov.br/conitec).
Proteção para gestantes e recém-nascidos
A vacina é voltada para aplicação em gestantes entre a 24ª e a 36ª semana de gravidez, promovendo imunidade passiva nos bebês por meio da transferência de anticorpos pela placenta. Essa proteção é considerada fundamental nos primeiros meses de vida, quando o sistema imunológico da criança ainda está em desenvolvimento.
Além disso, o Ministério também prevê o uso do anticorpo monoclonal nirsevimabe em recém-nascidos prematuros ou com comorbidades, como forma de reforço à estratégia de prevenção. Ambas as tecnologias têm eficácia comprovada na redução de internações e complicações respiratórias causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), agente predominante nos casos de bronquiolite.
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