Redução
Casos de violência doméstica caem 41% na cidade, aponta SSP

Ilustração/Pexels. - Queda expressiva também nos registros de lesão corporal, que caíram 60%.
Nesta semana a Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou os indicadores criminais referentes ao mês de junho. A pasta monitora diversos crimes, mensalmente, e são esses dados que ajudam a embasar as ações de prevenção e combate à criminalidade no estado, ajudando a identificar e priorizar as ações mais necessárias.
Entre os crimes estão aqueles que enquadrados como violência contra mulher, que são monitorados pelos Indicadores da Violência Contra a Mulher. Os dados referentes ao último mês mostram uma queda significativa nas ocorrências relacionadas a isso em Uruguaiana, na comparação com o mesmo período do ano passado. são observados cinco crimes específicos: feminicídio tentado, feminicídio consumado, lesão corporal, estupro e ameaça.
Ao todo, foram contabilizados 18 registros de violência doméstica, número 41,94% menor em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 31 ocorrências na cidade.
A maior parte dos casos continua sendo de ameaça, que somaram 14 neste ano, contra 20 em junho do ano passado, representando uma redução de 30%. Também foi registrada uma queda expressiva nos casos de lesão corporal. De dez registros em 2024 para apenas quatro em 2025, uma diminuição de 60%.
Os indicadores mostram ainda que, neste ano, não houve registro de feminicídio consumado (assassinato de uma mulher motivado por razões de gênero) nem tentado (tentativa de assassinato de uma mulher motivada por razões de gênero) no mês de junho. Em 2024, havia sido registrado um caso de feminicídio consumado. Da mesma forma, os dados apontam ausência de ocorrências de estupro neste ano, segundo os dados oficiais.
Subnotificação
Apesar dos números positivos, especialistas alertam que a redução nas estatísticas não necessariamente reflete uma diminuição real na violência. A subnotificação ainda é uma barreira significativa no enfrentamento desse tipo de crime. Muitas mulheres deixam de registrar ocorrências por medo, vergonha ou falta de acesso a redes de apoio e mecanismos de proteção.
Assim, embora os dados oficiais indiquem melhora, a realidade vivida por muitas vítimas pode não estar completamente representada nas estatísticas. A leitura dos números deve vir acompanhada de políticas públicas de prevenção, proteção e incentivo à denúncia, para que o combate à violência contra a mulher avance de forma efetiva.
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