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Estágio avançado

Vacina contra o HIV se mostra ineficaz em testes clínicos

Ilustração imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Mesmo que a vacina fosse segura, ela não era mais eficaz contra o HIV do que um placebo.

Na última semana a farmacêutica Janssen anunciou que vacina contra o HIV se mostrou ineficaz em testes clínicos de estágio avançado. De acordo com o The New York Times, este era o único imunizante que ainda estava sendo testado nesta fase, mas há outras opções passando por testes de estágio inicial que poderiam oferecer uma defesa contra o vírus causador da aids. 

No decorrer dos anos, dezenas de possíveis vacinas contra o HIV foram testadas e descartadas. Para especialistas, este fracasso mais recente dificulta a possibilidade de ter um imunizante eficaz no prazo entre três e cinco anos. 

Em entrevista ao The New York Times, Anthony Fauci, que liderou o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas até dezembro, afirmou que a notícia é decepcionante, mas ponderou que este “não é o fim do esforço para desenvolver uma vacina” e que “existem outras abordagens estratégicas”. 

Na África Oriental e Austral, há um estudo em andamento, que está avaliando uma combinação de imunizantes experimentais e medicamentos preventivos. Os cientistas que atuam na pesquisa avançaram no desenvolvimento de anticorpos que poderia neutralizar o vírus e estão testando novas tecnologias de vacinas, incluindo mRNA. 

A ineficácia da mais recente candidata, contudo, ressalta os desafios para desenvolver o imunizante para o vírus, que infecta mundialmente cerca de 1,5 milhão e mata em torno de 650 mil de pessoas a cada ano. Apesar da falta de vacinas, existem diferentes medicamentos, que podem suprimir a replicação viral, mas devem ser tomados pelo resto da vida do paciente. Por isso, o imunizante é considerado a maneira ideal de prevenir o vírus.

O estudo da Janssen

Chamado de Mosaico, o estudo da vacina começou em 2019 e foi liderado pela Janssen. A pesquisa contou com a participação de 3,9 mil homens cisgêneros e transgêneros, em mais de 50 locais de nove países da América do Norte, América do Sul e Europa.

Ainda segundo o The New York Times, a vacina possuía um mosaico de componentes, que era destinados a atuar contra diferentes subtipos de HIV presentes em todo o mundo. Entretanto, a resposta imune provocada não teve quantidades significativas dos chamados anticorpos neutralizantes, que agem contra a infecção. Para Fauci, este resultado sinaliza que um imunizante bem-sucedido terá que estimular o corpo a produzir amplamente esses anticorpos. 

Os dados iniciais do estudo foram revisados por um conselho independente de monitoramento de dados e segurança, que concluiu que, mesmo que a vacina fosse segura, ela não era mais eficaz contra o HIV do que um placebo. Por isso, foi recomendado que a empresa interrompesse os testes e informasse o resultado aos participantes.

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