No dia 11 de fevereiro foi celebrado o Dia Internacional para uma Internet Segura, um momento essencial com reflexões em relação aos desafios e as boas práticas no ambiente digital. Criado pela rede Insafe, esse dia busca conscientizar usuários de todas as idades sobre a importância de um uso responsável, ético e seguro da internet.

A atualidade é de hiperconectividade, no qual redes sociais, aplicativos de mensagens e plataformas digitais fazem parte do cotidiano de todos. Junto com as facilidades da era digital, surgem diversos crimes virtuais com consequências graves para indivíduos e empresas. Entre os crimes no Brasil, destacam-se golpes financeiros, roubo de identidade, cyberbullying e exploração infantil

Um dos maiores desafios é a segurança de dados dos usuários da internet. Vazamentos de informações pessoais têm sido frequentes, muitas vezes decorrentes de ataques hackers ou do descuido dos próprios usuários ao compartilhar dados em sites e aplicativos não confiáveis. Além disso, fraudes envolvendo falsas lojas online e phishing – técnica usada para enganar pessoas e roubar senhas e informações bancárias – continuam a fazer milhares de vítimas.

Outro crime é o cyberbullying, especialmente entre crianças e adolescentes. Comentários ofensivos, humilhações e ameaças nas redes sociais podem causar danos psicológicos severos. É essencial que pais e educadores estejam atentos ao comportamento dos jovens e incentivem o uso saudável da internet.

Além do cyberbullying, há a exposição precoce de crianças a conteúdos inadequados, bem como a influência de desafios virais perigosos. A maior parte das  plataformas utilizam algoritmos que sugerem conteúdos com base no engajamento, levando crianças e adolescentes a entrarem em contato com materiais impróprios ou potencialmente prejudiciais. Para evitar esses problemas, é fundamental que pais e responsáveis acompanhem a atividade digital dos menores e façam uso de ferramentas de controle parental.

Algumas medidas são fundamentais para garantir uma navegação mais segura como: senhas fortes; cuidado com links suspeitos que podem conter vírus ou tentativas de golpe; cuidar da  privacidade nas redes sociais, evitando expor dados pessoais e localizações.

Também a educação digital é importante, por meio dos pais e responsáveis orientando crianças e adolescentes sobre os riscos da internet, incentivando o uso consciente e respeitoso das plataformas digitais; acompanhando do uso da internet por jovens com limites de tempo, conversando sobre os perigos e estimulando o pensamento crítico dos conteúdos online e denunciando os crimes virtuais em delegacias especializadas em crimes cibernéticos e às autoridades competentes (safernet.org.br).

Para garantir a segurança digital, o Brasil possui leis que protegem os usuários da internet. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018) estabelece normas sobre a coleta, armazenamento e tratamento de dados pessoais, exigindo maior transparência e segurança por parte das empresas e órgãos públicos.

Outra lei essencial é o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014), com princípios, garantias, direitos e deveres no uso da internet, protegendo a privacidade dos usuários e assegurando a liberdade de expressão, e combatendo abusos e crimes cibernéticos.

A internet é uma ferramenta poderosa para o conhecimento, comunicação e inovação, mas seu uso requer responsabilidade. É importante criar um ambiente digital mais protegido, ético e acessível para todos sendo um grande aliado e não uma ameaça. A responsabilidade por uma segurança online é um compromisso de todos.