Rubens Montardo Junior
Aula presencial é uma temeridade
Penso que é estranha esta súbita preocupação do Governo do Estado do Rio Grande do Sul em retomar as aulas presenciais, justamente no momento em que recrudesce a pandemia em nosso estado, com elevação no número de contágio e de óbitos, falta de leitos em hospitais e até de medicamentos usados para intubação de pacientes. Uma decisão inusitada em meio a maior tragédia sanitária na história brasileira. Entendo que a retomada das aulas presenciais é uma temeridade, uma afronta aos procedimentos sanitários, ao bom senso e uma cruel exposição de milhares de cidadãos ao vírus que já vitimou mais de 330 mil brasileiros. Temos o dever de zelar pela saúde e a vida de todos. Nesta semana, o governo gaúcho, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), protocolou pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para retomar as aulas presenciais no estado, suspendendo a liminar do Tribunal de Justiça gaúcho que proíbe esta atividade. O governo alega que o ato que proibiu as aulas presenciais é inconstitucional. Pergunto: E a morte de milhares de gaúchos é constitucional ou inconstitucional? Governantes! Sejam coerentes, justos e responsáveis. Não se espelhem no doidivanas que ocupa o planalto central. O governo estadual que impede restaurantes e bares de funcionar após às 18h, por exemplo, quer colocar milhares de jovens, crianças, educadores e funcionários de escolas no alvo deste vírus letal. Recentemente, o governo conseguiu aprovar uma. Conversa fiada, lei cretina! Educação foi, é e sempre será essencial e deveria ser eternamente prioridade de governo, com professores respeitados, bem remunerados, prédios bem conservados, investimentos em tecnologia e melhorias em todos os campos educacionais. Considero um processo impensado todo este esforço para retomada das aulas presenciais no momento em que o Estado segue em bandeira preta, com risco altíssimo para disseminação do coronavírus. Também, não temos uma previsão de quando teremos nossa população devidamente vacinada. Outro detalhe: não me venham com a desculpa de que a imediata retomada é para que os alunos não tenham mais prejuízos, pois há décadas nossa educação está abaixo da crítica. Creio que o Governador ainda tem tempo de evitar este disparate!
Deu Zebra
Em São Paulo, a Justiça Federal deu prazo de 72 horas para que a Advocacia-Geral da União - AGU, que representa o governo federal na Justiça, responda a uma Ação Civil Pública que pede a devolução dos recursos pagos em janeiro pela Secom (Secretaria de Comunicação) para que influenciadores divulgassem em redes sociais o "atendimento precoce" contra a covid-19. A ação, protocolada pela educadora Luna Brandão, pede ainda a proibição de novas campanhas do tipo e a retratação pública dos influenciadores. O dinheiro saiu da campanha publicitária "Cuidados Precoces Covid-19", com verba de R$ 19,9 milhões, segundo revelou a Agência Pública no mês passado. Desse montante, R$ 85,9 mil foram destinados ao cachê de 19 "famosos" contratados para divulgar a campanha em redes sociais, incluindo quatro influenciadores, que dividiram um total de R$ 23 mil para defender o "atendimento precoce".
Aeroportos
O leilão de aeroportos realizado dia 07/04, atraiu interessados para todos os 22 aeroportos, organizados em 3 blocos, e garantiu ao Governo Federal uma arrecadação inicial de R$ 3,302 bilhões. Além do valor à vista, as regras do leilão preveem uma outorga variável, a ser paga a partir do quinto ano de contrato. A Companhia de Participações em Concessões ficou com o Bloco Sul por R$ 2,128 bilhões, que inclui os aeroportos de Bagé, Pelotas e Uruguaiana.
Oráculo
"Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo" - Confúcio (551 a.C. - 479 a.C.), filósofo e pensador chinês.
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