A assessoria econômica da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) divulgou nesta quinta-feira, 4/3, o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) e o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) do mês de janeiro. 

O levantamento é feito mensalmente, com o intuito de contribuir com a compreensão da evolução dos custos de produção e também dos preços recebidos pelo produtor rural do Rio Grande do Sul.

O mês de janeiro é, tradicionalmente, caracterizado pela redução dos custos em função da sazonalidade. Entretanto, a alta da taxa de câmbio inverteu o movimento sazonal, registrando alta significativa de 0,46% do IICP nesse mês.

No acumulado em 12 meses, os custos seguem sua trajetória de valorização - registrando alta de 7,57% - refletindo a desvalorização cambial nesse período como reflexo da pandemia do covid-19.

Depois da forte queda dos preços em dezembro do ano passado, 2021 começa com valorização de 3,02% em janeiro. Este aumento é reflexo da valorização da taxa de câmbio no período e da demanda aquecida.

No acumulado em 12 meses, o IIPR acumula alta de 85,11%, superior à valorização do IPCA Alimentos no mesmo período (14,81%). Isso significa que o preço recebido pelo produtor está se valorizando de forma mais acelerada que os preços pagos pelos consumidores. Por outro lado, os custos de produção também inflacionam mais rapidamente que os preços gerais da economia. O IICP registrou alta de 7,57% nos últimos 12 meses enquanto o IPCA registrou alta de 4,56% no mesmo período. Isso porque a taxa de câmbio tem influência direta no preço dos insumos importados, que representam importante parcela dos custos de produção.