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inclusão

Mãe aprende Libras para melhorar comunicação com filho surdo

Reprodução/Arquivo Pessoal imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

Desde 2002 a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão e desde 2010 a profissão de tradutor de intérprete de Libras é regulamentada, com o Dia Nacional do Intérprete da Língua Brasileira de Sinais tendo sido comemorado nesta terça-feira, 26 de julho. As duas conquistas funcionam como forma de reconhecimento de direitos para a comunidade surda, mas, apesar dos avanços em relação ao tema, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), nem 10% da comunidade possui ensino superior completo, enquanto 32% não tem grau de instrução.

Pensando nessas dificuldades que persistem quando o assunto é a inclusão de pessoas surdas, a uruguaianense Maria Cristiane Requiel se inscreveu no curso de Libras oferecido pelo Senac no município como forma de ampliar sua capacidade de se comunicar com o filho Benjamin, de oito anos, que nasceu com perda auditiva bilateral de grau profundo, ou seja, nasceu surdo.

A mãe do Benjamin viu, a partir do interesse do filho, a importância de participar da formação para uma comunicação inclusiva através do uso da Libras. "Ele começou a aprender a linguagem de sinais na escola e logo mostrou interesse em nos ensinar", aponta Maria que vê na capacitação uma nova maneira de contribuir para o desenvolvimento da criança.

Maria conta que antes não tinha entendimento algum sobre surdez e foi graças a uma professora do filho que a busca pelo conhecimento da área começou. A agora aluna do Senac conta que sempre foi apaixonada pela educação e a preocupação com a população surda do município, que chega a 2 mil pessoas, fez com que o desejo de contribuir com os ensinamentos adquiridos aumentasse.

"No primeiro dia de curso senti uma emoção inexplicável. No momento das apresentações, meus colegas contaram seus motivos buscar pelo curso de Libras. Me coloquei no lugar das pessoas que serão ajudadas e compreendidas por eles", finaliza Maria.

O professor de Libras e docente do Senac Uruguaiana, Vinicius de Abreu da Cruz explica que a língua de sinais e a valorização dos intérpretes é de extrema importância entre os surdos.

"A questão do intérprete de Libras se faz obrigatória e necessária para fazer a intermediação entre um surdo e um ouvinte. Por isso é importante que atuem em eventos, palestras e qualquer tipo de reunião porque sempre pode haver pessoas que não escuta entre o público presente", aponta da Cruz.

Ainda de acordo com o professor, o objetivo da formação do Senac é estimular o aluno a se comunicar com as pessoas surdas, participando de associações, escolas, trabalhos, encontros, bem como compreender a cultura e a constituição das identidades surdas. 

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