Iniciou na segunda-feira, 10/4, a paralisação dos médicos credenciados do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS (Ipe-Saúde). A previsão é que o movimento encerre nesta quarta-feira, 12/4. Dessa forma, não serão realizadas consultas e nem procedimentos hospitalares eletivos pelo convênio durante os três dias, apenas o atendimento das urgências e emergências.

O delegado do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) em Uruguaiana, médico Claudio Conte, afirma que no município “houve uma paralisação parcial nos atendimentos, acredito que houve adesão de 50% dos colegas”.

De acordo com o presidente do Simers, Marcos Rovinski, a deliberação unânime dos mais de 200 participantes é um alerta para o Estado, que se comprometeu em enviar uma proposta até o final de março, mas não cumpriu. “Os médicos estão preocupados com a situação e querem negociar, mas é preciso que o governo mostre algum movimento de que será feita uma proposta de reajuste dos honorários médicos e hospitalares, sem reajuste há doze anos” ressaltou Rovinski.

O Ipe-Saúde conta com mais de sete mil médicos credenciados, o que representa cerca de 20% dos profissionais no RS, que atendem um milhão de usuários. Desde a primeira Assembleia, que ocorreu no dia 2/3, o Simers já realizou 15 reuniões com os médicos credenciados do interior, para definir os rumos da categoria referentes à crise do IPE-Saúde.