Pesquisadores e epidemiologistas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) se preparam para investigar os efeitos da covid-19 na saúde da população brasileira. Novamente capitaneada pelo epidemiologista Pedro Hallal, a Epicovid 2.0 foi contratada pelo Ministério da Saúde para avaliar os impactos da covid longa nas mesmas 133 cidades que integraram, em 2020, a primeira edição da pesquisa.  

A questão principal da nova etapa, cuja coleta de dados deve começar em dezembro e durar 24 meses, é determinar o impacto da doença na vida das famílias brasileiras. O grupo também deve colher dados sobre vacinação, “tanto com verificação de dados atuais sobre imunização quanto a hesitação vacinal, conhecimento e dúvidas sobre a vacinação”, explicou Hallal.  

Oito cidades gaúchas participam do estudo: Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Uruguaiana, Passo Fundo, Santa Maria e Ijuí. Em agosto de 2020, foi realizada a primeira edição da Epicovid, resgatando a tradição da UFPel em pesquisas epidemiológicas. 

O estudo envolve risco mínimo para a saúde dos participantes, pois envolve apenas a aplicação de um questionário curto e o exame sorológico. Se houver qualquer desconforto, o participante poderá deixar de participar a qualquer momento. E terá acesso a assistência integral e gratuita pelo tempo necessário. 

O material e informações só serão coletados após assinatura do termo de consentimento livre e informado. Todos os indivíduos testados em campo terão um número de telefone celular registrado para que possam receber informação sobre o resultado do teste. Os casos positivos serão notificados para o serviço municipal de saúde para providências necessárias. As medidas de segurança biológica cabíveis serão tomadas, de forma a garantir a saúde dos trabalhadores de campo atuando na coleta dos dados e do material. 

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