Estudo
Uruguaiana integrou pesquisa que mapeou a Aids no Estado
Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Equipe responsável pela pesquisa no município.
O município de Uruguaiana foi uma das 56 cidades gaúchas escolhidas por meio de sorteio para participar da pesquisa que mapeou o comportamento, as práticas e as atitudes da população em relação as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no Rio Grande do Sul. O estudo chamado Projeto Atitude foi conduzido pelo Hospital Moinhos de Vento em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Os resultados do Estado foram apresentados na quinta-feira, 15/6.
A Coordenadora do Serviço de ISTs de Uruguaiana, Cida Bofill, destaca o objetivo da pesquisa. “O projeto teve como foco principal identificar as razões pelas quais o Rio Grande do Sul aparece em primeiro lugar, nos casos de HIV e outras ISTs, dentre todos os estados do Brasil”. Ela também revela que “a pesquisa no município iniciou ainda em dezembro de 2021, com uma equipe destinada a percorrer as residências e conversar com a população dentro dos padrões de ética”.
Segundo ela, participaram do estudo 140 indivíduos, sendo 95 do sexo feminino e 45 do sexo masculino, com idade média de 47,9 anos. Foram coletadas amostras em domicílio, por meio da coleta de sangue no dedo, para realização de exames de HIV, sífilis e hepatites virais. Além da coleta, o participante respondeu a entrevista para identificação de comportamentos.
A maioria dos participantes entrevistados concordou que usar preservativo é a melhor maneira de evitar a transmissão sexual de HIV e sífilis. Além disso, 98,75% dos participantes disseram saber onde conseguir preservativos, apenas 39,29% disseram ter usado camisinha na sua primeira relação sexual e 29,29% na última.
Sobre o consumo de álcool, 85,00% dos participantes disseram ter ingerido bebida alcóolica alguma vez na vida e o consumo de tabaco foi referido por 52,14% dos indivíduos. A maioria relatou não ter usado ou experimentado drogas.
Em relação à realização de testes para sífilis, HIV e hepatites virais, 69,29% referiram ter realizado algum destes testes em algum momento da vida. Com base nos exames laboratoriais dos participantes, foram encontrados casos confirmados para sífilis (5,00) e hepatite C (0,71).
Os dados coletados pelo estudo no Estado apontam que os casos de HIV têm prevalência em cidades da Região Metropolitana. A análise das macrorregiões de saúde mostrou que a prevalência do vírus HIV caracteriza uma epidemia generalizada, isto é, quando a transmissão ocorre pela população em geral, não apenas em grupos definidos como vulneráveis. Já a sífilis apresenta taxas elevadas em todas as regiões, o que reforça a importância de ações de conscientização.
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