Desde o início de 2023, a 1ª Delegacia de Polícia de Uruguaiana (1ª DP) efetuou sete prisões, na maioria delas preventivas, resultado das investigações realizadas e envolvendo crimes contra o patrimônio.
De acordo com o delegado Matheus Antunes da Rosa, uma mulher foi presa em flagrante por estelionato qualificado. “A suspeita efetuava diversas compras no comercio local, fraudando comprovantes de pagamento via Pix. Foi presa por estelionato qualificado pela fraude eletrônica”, explica.
As outras seis pessoas – cinco homens e uma mulher – tiveram a prisão preventiva solicitada pelo Delegado e deferidas pelo Poder Judiciário em inquéritos que apuraram crimes de estelionato, roubo, latrocínio, furto e homicídio.
Em um dos casos, foram presos um casal de namorados, ele de 33 anos e ela de 24, acusados de tentativa de latrocínio. A prisão ocorreu no bairro São João. O crime ocorreu em junho do ano passado, vitimando um homem de 30 anos que chegava em casa quando foi abordado. Ao perceber que se tratava de um assalto, o homem fugiu para o pátio de casa. Foi quando um dos suspeitos efetuou um disparo de arma de fogo em sua direção.
Entre os presos também está um homem de 27 anos, capturado no bairro Ipiranga. Ele seria o autor de dois roubos a motoristas de táxi ocorridos no mês de janeiro, além de outros ocorridos no ano passado.
Há poucos dias, um homem de 23 anos, que vivia em situação de rua foi preso por praticar extorsões cibernéticas, por meio do WhatsApp. Ele iniciava conversas com as vítimas por meio de aplicativos de relacionamentos até obter fotos íntimas delas. A partir daí passava a chantageá-las para obtenção de vantagem econômica mediante ameaça de divulgação de tais mídias nas redes sociais. O investigado utilizava nome falso, linhas telefônicas em nome de terceiros e até mesmo uma conta bancária em nome de outra pessoa por meio da qual ele recebia o pagamento de vítimas que cediam às ameaças.
De acordo com o Delegado, a 1ª DP tem trabalhado com foco nas investigações e nas representações para decretação de prisões preventivas, que efetivamente retiram o criminoso das ruas, reduzindo a criminalidade, além de resultar em uma tramitação mais ágil do processo junto ao Judiciário, em razão do réu estar preso. “As prisões efetuadas são fruto de exaustivo trabalho investigativo, que visa retirar de circulação indivíduos responsáveis por crimes graves e com diversos antecedentes criminais, prevenindo, assim, a ocorrência de novas infrações penais”, avalia Antunes da Rosa.
Atuação
Com exceção dos crimes envolvendo crianças e adolescentes (que pertencem à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), dos crimes envolvendo mulheres no contexto da Lei 11 340/2006, a Lei Maria da Penha (que são responsabilidade da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) e os crimes relacionados às organizações criminosas, como narcotráfico (de atribuição da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), os demais crimes são de atribuição da 1ª e da 2ª Delegacia de Polícia, dependo do bairro em que são cometidos. Ou seja, na 1ª DP são investigados tanto crimes contra o patrimônio, como furtos, roubos, estelionatos, extorsões, sequestros, latrocínios, entre outros, e os chamados crimes contra a vida, como homicídios e tentativas de homicídio.
Conforme o Delegado, atualmente há 10331 procedimentos policiais em andamento na 1ª DP (levantamento realizado no dia 28 de fevereiro). A maioria deles tratam de homicídios, roubos a pedestres, extorsões, furto e receptação de telefone celular e estelionato.