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Sentença

Acusado de feminicídio é condenado a 30 anos em Alegrete

Flaviane Antolini Favero/AlegreteTudo imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Tribunal do Júri de Alegrete condena agressor a 30 anos por morte de companheira

Em Alegrete, um homem foi condenado a 30 anos por ter matado a ex-companheira, e, novembro de 2023. O julgamento pelo tribunal do júri ocorreu na terça-feira, 25/3, sob a presidência do juiz Rafael Echevarria Borba. 

Diego Flores da Silva foi acusado pelo homicídio qualificado da companheira, Lucia Maria Ferrão, de 55 anos. 

Considerando a decisão do Conselho de Sentença, que acolheu integralmente a denúncia do Ministério Público, o magistrado o condenou a 30 anos de prisão em regime fechado. Além disso, foi fixada uma indenização mínima de 30 salários-mínimos a ser paga aos familiares de Lucia Maria Ferrão, a título de reparação pelos danos morais causados pelo crime. 

A promotora de Justiça Maura Lelis Guimarães Goulart, que atuou durante o julgamento, destacou a importância da decisão para o fim do ciclo de violência e para a punição do agressor. "Os jurados foram chamados à responsabilidade de encerrar esse ciclo de violência em que a vítima se encontrava, garantindo a punição do responsável. Ao acolher integralmente o pedido do Ministério Público, indicaram que a sociedade não tem mais nenhuma tolerância com a violência contra as mulheres", afirmou Guimarães. 

Diego Flores da Silva respondeu ao processo preso, e segue recolhido ao Presídio Estadual de Alegrete. Ainda cabe recurso 

  • O crime 

O crime ocorreu na madrugada do dia 20 de novembro de 2023, no bairro Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Alegrete. Durante uma discussão entre o casal, o suspeito agrediu sua companheira com diversos golpes na cabeça e no corpo, deixando-a inconsciente e agonizando por horas. Após o ataque, Diego fugiu do local, e Lucia foi encontrada por uma vizinha que a socorreu e acionou o SAMU. A vítima foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos graves, vindo a falecer no dia seguinte. 

O delito foi considerado extremamente cruel, já que Diego atacou a vítima com brutalidade, desferindo golpes na região da cabeça, o que resultou em fraturas no crânio e hemorragia cerebral, causando-lhe um sofrimento desnecessário. A condenação também foi fundamentada no fato de que o crime foi motivado pela condição de sexo feminino da vítima, configurando-se como feminicídio. 

A condenação de Diego representa mais um passo importante no combate à violência doméstica e ao feminicídio no estado, destacando a necessidade de uma sociedade mais justa e igualitária, livre de violência contra as mulheres. 

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