URUGUAIANA JN PREVISÃO

Comando da BM cancelará remoção de soldados para Barra do Quaraí

Ontem, 8/8, no Quartel Geral da Brigada Militar em Porto Alegre, o presidente da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf) dos servidores de nível médio da Brigada Militar, José Clemente Corrêa, se reuniu com o subcomandante da Brigada Militar, coronel Eduardo Biacchi Rodrigues, atualmente respondendo pelo comando. Entre os temas abordados na reunião esteve a transferência de três soldados atualmente lotados em Uruguaiana, para a vizinha Barra do Quaraí.

Clemente fez um relato acerca de fatos ocorridos em dezembro passado, envolvendo os três soldados transferidos, José Francisco Souza, André Luiz Dornelles e Marcelo Pires Berger, e o ex-comandante do 1º Batalhão de Policiamento de Área de Fronteira (BPAF), major Gerson Corrêa de Mello. Na ocasião, um dos soldados registrou uma ocorrência policial contra o Major, por ameaça. A partir daí um inquérito policial militar foi instaurado para apurar as ações do então comandante e dos soldados, iniciadas no atendimento de uma ocorrência.

Após ouvir as alegações do Presidente, e secretário de Segurança, Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, o Coronel garantiu que irá tornar sem efeito a transferência dos soldados.

Biacchi alegou que a decisão de transferir os soldados fora tomada anteriormente considerando a indicação constante no inquérito policial militar de que não deveriam permanecer atuando no mesmo batalhão que o Major. No entanto, reconsiderou a decisão e disse que esta não é "a medida adequada", considerando, inclusive que o Major já havia sido transferido. Atualmente Mello está lotado no Comando Regional da BM, em Santana do Livramento. "O Comandante foi muito tranquilo na recepção. É um cara acessível, que compreende o ponto de vista das entidades representativas e aberto ao diálogo", considerou Clemente após a reunião.


A ocorrência

A ocorrência foi registrada pelo soldado Dorneles, alegando que foi ameaçado pelo Comandante por conta de uma ocorrência policial atendida por ele e pelo soldado Berger, durante a madrugada anterior, e que a vítima teria o chamado de corrupto. Ao longo do IPM, os policiais alegaram que foram ameaçados em pelo menos duas ocasiões.

A situação se originou após a prisão de dois homens. Naquela madrugada a viatura em que trabalhavam Dorneles e Berger foi despachada para averiguar uma denúncia de que um apenado que gozava de saída temporária estava em uma boate localizada na Rua 14 de Julho. Ao chegar no local, os policiais avistaram o homem, conhecido como 'Mortadela' e condenado por tráfico de drogas, e acionaram reforço para conduzi-lo ao Instituto Penal, uma vez que descumpria as exigências da saída temporária (não sair de casa após as 22h). Durante a abordagem, o namorado da filha de Mortadela, Carlos Dionas Vainant Pinto, de 24 anos, tentou sem sucesso impedir o trabalho dos PMs, que deixaram o local para condução do preso.

Enquanto os policiais apresentavam Mortadela no IPU, Carlos Dionas foi ao 1º BPAF. De cordo com o policial 'quarteleiro', Souza, estava alterado e visivelmente embriagado, e passou a ofender os policiais e ameaça-los dizendo que era amigo pessoal de Mello e que faria com que o major punisse os PMs. O PM acionou reforço e o rapaz, que se recusou a fazer o teste do bafômetro, foi levado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) por outra equipe de policiais. Na DPPA, Carlos supostamente voltou a ameaçar os PMs, vangloriando-se de ser amigo do comandante do Batalhão e chegou a solicitar que parentes anotassem os nomes dos policiais para posterior punição. Carlos acabou autuado em flagrante pelo delegado Enio Tassi, por embriaguez e desacato.


IPM

Mello foi indiciado por crime de ameaça. Dorneles responderá por desrespeitar a superior (por ter dado às costas ao comandante no momento da primeira ameaça, na frente de outro policial militar), violação do recato (por ter gravado uma conversa com o comandante, ocasião em que foi novamente ameaçado) e difamação (testemunhas, que se intitularam amigos pessoais e funcionários da esposa do comandante testemunharam que ele fez comentários contra a honra do Major na Delegacia de Polícia). Berger foi indiciado por violação do recato (por ter gravado a conversa com o comandante, ocasião em que foi ameaçado) e difamação (testemunhas, que se intitularam amigos pessoais e funcionários da esposa do comandante testemunharam que ele fez comentários contra a honra do Major na Delegacia de Polícia). Já o soldado Souza foi indiciado por difamação, pela mesma razão que os coleg

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