URUGUAIANA JN PREVISÃO

CASO ISAAC

Delegado conclui inquérito e indicia Anne por crimes culposos

Nilson Corrêa-JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

Ontem, 27/4, o delegado Enio Tassi, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), concluiu e remeteu ao Poder Judiciário o inquérito policial que apurou a morte do menino Isaac de Bittencourt Cabreira, de sete anos, ocorrida no último dia 16. Isaac foi atropelado e arrastado por um veículo GM Astra, conduzido por Anne Patrícia Gonçalves Moleda de Souza, de 25 anos. Na ocasião, ela foi autuada em flagrante pelo Delegado.

No inquérito, Tassi indiciou a jovem por 'homicídio culposo na direção de veículo automotor', crime previsto no Art. 302 Código de Trânsito Brasileiro (CTB) com duas majorantes: estar dirigindo sem possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e ter deixado de prestar imediato socorro às vítimas, e ainda por 'lesão corporal culposa na direção de veículo automotor', amparado no Art. 303 do CTB. Além de Isaac, que morreu na hora, Anne atropelou a avó do menino, Mara Gládis Rodrigues de Bittencourt, de 64 anos, que sofreu vários ferimentos, inclusive fraturas.

Ao longo do inquérito policial, foram ouvidas cerca de dez testemunhas, e ainda a vítima sobrevivente. Além da necropsia, foram realizadas várias perícias, no local e no carro. Também ficou comprovado que Anne não estava sob efeito de álcool ou medicamentos que pudessem alterar sua capacidade.


Acidente

O acidente ocorreu por volta de 7h40min, na Rua Antônio Monteiro, próximo à Vila Militar dos Sargentos. Anne estava a caminho do trabalho, no Hospital Santa Casa de Caridade, e o menino e avó seguiam para a escola onde ele estudava, José Francisco Pereira da Silva, na esquina das ruas Estilac Leal com Eustáquio Ormazabal.

De acordo com testemunhas, após atropelar as vítimas, a condutora do veículo tentou fugir, mas acabou perdendo o controle do carro e caindo em uma valeta. Foi detida pela Brigada Militar e conduzida ao Pronto Socorro Municipal. Posteriormente, foi levada pela Polícia Civil até a DPCA, em estado de choque.

Na última segunda-feira, 23/4, Anne foi finalmente interrogada pelo Delegado, acompanhada pelo advogado José Roberto Gallarreta Zubiaurre. Ela contou que não viu a avó e o menino e que somente percebeu que havia atropelado uma pessoa quando viu, pelo retrovisor, a avó do menino caída ao chão. Imediatamente, tentou sem sucesso parar o veículo e ainda alegou que em nenhum momento viu o menino.


Marido

Em seu depoimento, Anne disse que marido costumava leva-la ao trabalho e que raramente saia dirigindo, já que foi reprovada na prova prática de direção, não obtendo permissão para dirigir. Naquele dia, porém, o marido não pode leva-la. À polícia, ele disse não saber que a mulher não possuía habilitação.

Ele responderá a um termo circunstanciado por "permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada", amparado no Art. 310 do CTB. O procedimento, realizado na 1ª Delegacia de Polícia, também já foi remetido ao Judiciário

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