Crianças e adolescentes
Forças de segurança realizam ação de combate à exploração sexual

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Uma força-tarefa integrada foi iniciada nesta quinta-feira, 5/5, para prevenir e combater a exploração sexual de crianças e jovens no Rio Grande do Sul. A Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e demais forças de segurança realizaram fiscalizações e abordagens em Porto Alegre e outros 67 municípios do interior, incluindo Uruguaiana.
As atividades desta quinta-feira também se integraram à Operação Parador 27, coordenada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) para fomentar em todos os Estados a realização de ações em alusão ao Maio Amarelo, mês dedicado ao alerta da sociedade sobre o combate à exploração sexual infanto-juvenil.
A Polícia Civil liderou a iniciativa com efetivos de 16 Delegacias de Proteção à Criança e Adolescente de Porto Alegre, Canoas, Santa Maria, Caxias do Sul, Passo Fundo, Rio Grande, Santo Ângelo, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Vacaria, Uruguaiana, São Luiz Gonzaga, Carazinho, Cachoeira do Sul. As demais forças de segurança locais apoiaram na ação integrada.
Na Capital, entre efetivos da Brigada Militar (BM), da Polícia Civil (PC), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do apoio de órgãos do município, foram mobilizados 58 agentes e 14 viaturas para os trabalhos.
Conforme dados do Observatório Estadual da Segurança Pública, o número de ocorrências de abusos contra vítimas de 0 a 17 anos no RS, considerando os registros de "exploração sexual infanto-juvenil", "estupro" e "estupro de vulnerável", subiu 2% em 2021, na comparação com o ano anterior, de 3 249 casos para 3 305.
A alta reforça a necessidade de ações para coibir este tipo de crime, bem como para resgatar vítimas que possam estar sofrendo abusos, além da conscientização dos gaúchos para denunciar às autoridades qualquer suspeita de exploração a crianças e jovens. A SSP mantém o Disque Denúncia 181 e o Denúncia Digital no site da pasta. Em ambos os casos, o anonimato é garantido.
No cenário nacional, os dados sobre tema apresentaram queda. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, com compilação de dados do ano anterior, registra a ocorrência de 60 460 estupros no país em 2020 - o que equivale a um caso a cada nove minutos. O levantamento também apontou que 73,7% dos casos são de estupros de vulnerável, ou seja, crimes que envolvem vítimas menores de 14 anos de idade ou pessoas que não possam oferecer resistência.
Outro dado alarmante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica que em 85,2% dos casos o autor do crime era conhecido da vítima. Isso sugere um grave contexto de violência intrafamiliar, no qual crianças e adolescentes são vitimados por parentes ou pessoas de confiança da família, muitas vezes agressores com quem elas tinham algum vínculo afetivo.
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