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Feminicídio

Grávida é morta a facadas pelo companheiro

divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Kelly Lidiane Carvalho Moreira estava grávida de seis meses.

Uma mulher de 35 anos foi assassinada a facadas pelo companheiro na madrugada do domingo, 12/2, no bairro Bela Vista, poucas horas após ter registrado ocorrência contra ele na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Kelly Lidiane Carvalho Moreira estava grávida de seis meses do agressor.

De acordo com a Brigada Militar, uma equipe de policiais do 1º Batalhão de Policiamento de Área de Fronteira (1º Bpaf) foi chamada na Rua Marechal Deodoro para atender uma ocorrência de violência doméstica envolvendo o casal. Ambos foram encaminhados à DPPA, onde a delegada de plantão, Amanda Andrade, determinou o registro de ocorrência simples e o encaminhamento de medidas protetivas de urgência. Após o registro, agressor e vítima foram liberados.

Mais tarde, a Brigada Militar foi novamente chamada ao local e os policiais encontraram Kelly com duas perfurações causadas por faca no lado esquerdo do corpo e outros cortes menores.

Segundo a Brigada Militar, devido ao estado grave que a vítima se encontrava, ela foi colocada em uma viatura e os policiais a encaminharam ao pronto socorro municipal. No entanto, durante o deslocamento, a viatura colidiu com um poste ao desviar de um Fiat Uno Mille que avançou o cruzamento entre a Rua Tiradentes e a Rua XV de Novembro. O semáforo estava no modo ‘alerta’ e a viatura trafegava pela preferencial, com a sirene ligada.

A mulher foi socorrida por outra viatura até o Pronto Socorro, mas não resistiu aos ferimentos e acabou falecendo.

O agressor, de 35 anos e com antecedentes policiais, estava junto à vítima quando a BM chegou ao local e foi novamente encaminhado à DPPA. Desta vez, foi preso em flagrante por feminicídio consumado. A Delegada também representou pela prisão preventiva do acusado.

De acordo com a delegada regional da Polícia Civil, Daniela Barbosa de Borba, quando a primeira ocorrência foi registrada, foram solicitadas medidas protetivas de urgência em favor da vítima, porém, não houve apreciação da solicitação a tempo por parte do Judiciário. A delegada plantonista, Amanda Andrade, disse que “prontamente foram adotadas as medidas inicialmente cabíveis no momento da apresentação da ocorrência”. Segundo ela, não havia histórico de ocorrência entre a vítima e o autor ou medida protetiva vigente. Amanda também explicou que a vítima incialmente não queria ir à Delegacia, tendo sido convencida por familiares a comparecer. Atendida na DPPA, inicialmente não queria fazer o registro de ocorrência, “mas foi devidamente orientada a solicitar medida protetiva e a fazer o registro”

Em nota, a Polícia Civil disse que: “com base nos elementos apresentados à autoridade policial no momento da lavratura da ocorrência, a medida cabível era o encaminhamento à Justiça de pedido de Medida Protetiva de Urgência, o que foi feito ainda na madrugada do dia 12. A Polícia Civil, em sua esfera, adotou de pronto as medidas investigativas preliminares, porém, infelizmente, fatos que não estavam dentro do domínio da Polícia Civil culminaram na morte da vítima. Foi representado ao Poder Judiciário pela conversão da prisão em flagrante em preventiva, devendo tal pedido ser apreciado nas próximas horas. Reitera-se o compromisso da Polícia Civil com a aplicação da lei penal, objetivando a devida responsabilização do autor pelos fatos ocorridos”.

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