"Lei e Ordem" desmantela quadrilha e prende 26 em Uruguaiana
DPCA
Homem é preso por estupro de adolescente
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Um homem de 63 anos foi preso preventivamente na noite desta segunda-feira, 12/12, por agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) no bairro Vila Júlia. Ele é suspeito de estuprar uma adolescente de 15 anos.
Segundo a titular da DPCA, delegada Amanda Andrade, o homem - que é conhecido da vítima - a chamou para prestar um serviço de limpeza em sua residência. A mãe da vítima já realizava tarefas domésticas na casa do homem, que já era conhecido pela família. A jovem, no entanto, enquanto exercia o trabalho no imóvel foi vítima de violência e de abuso sexual.
A adolescente não buscou imediatamente a Polícia Civil pois estava com medo e envergonhada, uma vez que o suspeito tentou coagir e corromper a vítima para não denunciar. Ao relatar o ocorrido para a mãe, a vítima realizou o registro na Delegacia. Na ocasião, a jovem ainda possuía sinais das agressões sofridas.
A partir do registro da ocorrência policial, a DPCA representou pela prisão preventiva do homem, a qual foi autorizada e cumprida na noite de segunda-feira. O suspeito foi ouvido e, posteriormente, após as diligências de praxe, foi encaminhado para a Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana (PMEU).
Sinais
A Delegada explica que quando menores são vítimas de abuso sexual ou agressão, geralmente, tanto a criança como o adolescente mudam completamente de comportamento. Eles ficam mais retraídos e mais agressivos. Dentre os sinais também é comum a queda no rendimento escolar e o choro sem motivo que muitas vezes pode desencadear a ansiedade e a depressão
Também é comum perceber atos de automutilação - quando os jovens começam a se cortar ou se machucar. Além disso, quando o agressor é alguém próximo da família ou algum conhecido, eles tentam evitar essa pessoa. "Esses são sintomas e sinais que devem ser, de fato, investigados e observados pelos pais", afirma.
Em muitos casos, moças que possuem poucas condições financeiras precisam prestar serviços domésticos na casa de outras pessoas para auxiliar na renda familiar acabam sendo vítimas de abusos, assédios e agressões. Amanda relata que, infelizmente, essa é uma situação muito complicada e, no geral, as adolescentes que são chamadas para fazer um trabalho na residência de outra pessoa acabam ficando mais vulneráveis.
O recomendado, conforme Amanda, é que essa pessoa nunca fique sozinha com o proprietário ou que realize o serviço na ausência dos moradores. Outra forma de se precaver é tentar levar ao local uma pessoa de confiança e, em todos os casos, comunicar onde está e relatar o andamento da situação à essa pessoa.
Em caso de desconfiança ou em situações em que o contratante dá a entender que quer algo a mais, a Delegada alerta para que a pessoa evite ir ao serviço e, se já estiver no local, que entre em contato com alguém para relatar o ocorrido solicitar ajuda. "Infelizmente estamos sujeitas a esse tipo de coisa. É triste. Uma das formas de se precaver é sempre tentar levar alguém junto para o serviço", finaliza Amanda.
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