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Caso Bernardo

Pai e madrasta têm pena por tortura e abandono aumentadas

Divulgação - A Justiça do RS manteve e aumentou as condenações de Leandro Boldrini e Graciele Ugulini pelos crimes de tortura e abandono material contra Bernardo Boldrini, morto em 2014 aos 11 anos.

A Justiça do Rio Grande do Sul manteve as condenações de Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, pai e madrasta do menino Bernardo Boldrini, pelos crimes de tortura e abandono material contra a criança — morta em 2014, aos 11 anos. Além de confirmar as condenações, os desembargadores aumentaram as penas impostas aos dois.

Segundo o acórdão, Leandro e Graciele foram sentenciados a 13 anos e 15 dias de prisão por tortura e a mais quatro anos, nove meses e 15 dias por abandono material. Na decisão de primeira instância, eles haviam recebido cinco anos e meio de prisão pelo crime de tortura e dois anos e meio por abandono. A nova decisão também prevê o pagamento de multa equivalente a dez salários mínimos da época dos fatos, atualizados pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Por outro lado, a acusação por exposição da criança a humilhações teve a punibilidade extinta por prescrição.

O desembargador João Pedro de Freitas Xavier destacou que os responsáveis legais não só se omitiram nos cuidados com Bernardo, mas também contribuíram ativamente para seu sofrimento físico e emocional.

É importante frisar que esta condenação se refere especificamente aos crimes de tortura e abandono, não tendo relação direta com o julgamento pelo assassinato do menino, pelo qual ambos foram submetidos a júri popular e condenados.

Tragédia que comoveu o país

Bernardo Boldrini tinha 11 anos quando foi assassinado. Seu corpo foi encontrado em uma área de mata no município de Frederico Westphalen, dez dias após seu desaparecimento. Ele morava com o pai, a madrasta e uma irmã mais nova em Três Passos, no Noroeste do Estado. O crime chocou o Brasil pela frieza: a criança foi sedada, assassinada, colocada em um saco plástico e enterrada.

Além de Leandro e Graciele, também foram condenados Edelvânia e Evandro Wirganovicz — ela foi encontrada morta na prisão em 2025, e ele teve a pena extinta em 2024. Em 2019, todos foram condenados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O julgamento de Leandro foi anulado posteriormente, mas ele foi novamente julgado e condenado em 2023.

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