Segue em Uruguaiana a problemática dos cavalos soltos em via pública. Em grande parte dos casos, esses animais pertencem a pessoas que não dispõem de espaço adequado para a criação e acabam os colocando nas ruas, seja para pastagem ou para ter uma área adequada. No entanto, esse comportamento é uma infração e traz riscos para a população, como foi visto recentemente em que um jovem perdeu a vida ao colidir com um animal na pista.

De acordo com o secretário municipal de Segurança, Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana, Roberto Cabrera dos Santos, nos últimos 15 dias, foram recolhidos uma média entre 25 e 30 cavalos em Uruguaiana. Apenas na segunda-feira, 2/1, foram apreendidos em via pública dez animais.

Segundo ele, trabalhadores que lidam com tração animal - como carroças - costumeiramente deixam seus cavalos atados em árvores na beira da rodovia e de ruas, o que não deve ser feito. Os animais que são encontrados nessa situação pelos fiscais são recolhidos e passam por uma avaliação para identificação de marcas e de proprietários. Em seguida, o equino é encaminhado para os potreiros municipais onde ficam abrigados até que o dono busque ou entram para a adoção.

Em relação às punições aos proprietários, Cabrera informa que estas são agregadas à diferentes fatores como em que tipo de ocorrência o animal está envolvido ou se é simplesmente a questão do cavalo solto na via. Nesse caso, após o reconhecimento do dono, é realizada uma advertência e se for a primeira vez, o animal é devolvido. Se for reincidência, existe uma taxa bancária a ser paga para a retirada do cavalo.

O Secretário ainda alega que a posse irresponsável, dependendo da ocorrência, pode estar ligada a maus tratos ou crueldade com os animais. Essa situação, porém, depende do enquadramento que a autoridade policial faz no momento da apresentação da situação quando o proprietário é localizado. Nesse panorama, a autoridade competente faz um boletim de ocorrência e ele se transforma em um possível termo circunstanciado onde a pessoa é responsabilizada.

"Nossa maior preocupação hoje é o alto fluxo de turistas adentrando o Brasil pela Aduana. Os motoristas precisam passar por esse trajeto até chegar na BR-290. Neste local, a fiscalização foi intensificada, assim como no corredor que dá acesso à Barra do Quaraí. Isso se dá visto o costume que algumas pessoas têm de atar cavalos ou deixá-los soltos em áreas próximas às BRs", explica.

Segundo o titular da pasta, ao encontrar um animal solto em vias públicas e rodovias é preciso acionar a Central de Operações da Guarda Civil Municipal pelo telefone 153 ou através do (55) 3411-5566. Após a solicitação, fiscais que atuam nesse setor próprio fazer a apreensão dos animais e o encaminhamento.