O crime fatal ocorrido na noite de domingo, 13/12, levantou mais uma vez uma das principais demandas do município na área da segurança pública da última década: a falta de perito médico-legista e de peritos criminais. O serviço é prestado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), órgão estadual vinculado à Secretaria de Segurança Pública, e apesar de recente cerimonia ocorrida no salão nobre da Prefeitura, com a presença de representantes do alto escalão do Governo do Estado, continua entregando a mesma qualidade de serviço à comunidade uruguaianense, que amarga horas até a liberação do corpo de um familiar vitimado pelo crime ou acidentes. 

De acordo com a diretora do Departamento de Perícias do Interior, Marguet Inês Hoffmann Mittmann, atualmente Uruguaiana conta com uma equipe formada por um perito médico legista e dois peritos criminais. No entanto, não é possível atender a demanda do município somente com estes profissionais, o que deixa o município dependendo do apoio de Alegrete para a realização de necropsias e exames de corpo de delito, e de Santana do Livramento para o processamento de cenas. Segundo ela, "não é possível um único médico perito atender sozinho a demanda do município, por 30 dias". No que tange aos peritos criminais, ela diz ainda que "este é um período de férias, que é direito dos servidores".

Ela explica ainda que a cerimônia realizada na Prefeitura Municipal serviu para apresentação dos novos profissionais, oriundos do último concurso público e que ainda estavam em fase de conclusão de formação. No entanto, ela acredita que o déficit em Uruguaiana seja sanado já a partir desta semana. "A previsão é de que estes profissionais tomem posse de fato a partir do dia 16. Assim passaremos a contar com duas equipes em Uruguaiana (dois peritos médicos legistas e quatro peritos criminais) ", conclui.