Após oito anos sob coordenação do deputado federal Giovani Cherini (PL), a bancada gaúcha no Congresso Federal tem um novo líder. Em 2023, caberá ao deputado federal Carlos Gomes (Republicano) coordenar os parlamentares gaúchos – 31 deputados e três senadores. Até agora, Gomes ocupava o cargo de coordenador adjunto.

Inicialmente, a escolha seria feita por meio de votação, mas um acordo entre os partidos que compõem a bancada gaúcha foi firmando, dando o posto a Carlos Gomes, que até então concorria com o deputado Marcon (PT).

No acordo – comum nos parlamentos municipais, estaduais e federal – ficou acertado que as quatro maiores bancadas farão um revezamento no posto. Após o Republicanos, a coordenação da bancada ficará com Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Liberal (PL) e Progressistas (PP), respectivamente.

O acordo também definiu que as quatro maiores bancadas subsequentes ocuparão o posto de coordenador adjunto da bancada, começando pela deputada Any Ortiz, da Federação PSDB-Cidadania, que assume a função neste primeiro ano da atual legislatura.

Questionado sobre coordenar os parlamentares gaúchos nas tratativas com o governo Lula (PT), ao qual sua sigla faz oposição, Carlos Gomes diz que “a eleição acabou” e que posições políticas e partidárias são reservadas ao plenário. “Enquanto bancada, não há direita, esquerda ou centro. Temos que inteirar a vontade da população e auxiliar o Estado em avanços nos aspectos econômicos e sociais. Todos receberam votos, alguns mais, outros menos, da população gaúcha e a ela devemos respostas.” 

Visto como um “conciliador”, Carlos Gomes está em seu terceiro mandato consecutivo como deputado federal. Antes, foi deputado estadual por dois mandatos e atualmente preside o Republicanos no Estado.

No último pleito, Gomes se elegeu com 102.363 votos, dos quais 6 391 foram em Uruguaiana. Ele foi o segundo candidato a deputado federal mais votado no município, com 11,07% do total de votos válidos.

Entre primeiras medidas de Gomes a frente da bancada, está prevista a proposta de criar uma segunda coordenação adjunta, além de dois cargos de secretários, ampliando assim para cinco os representantes da bancada. Para ele, é preciso “melhorar o acesso das entidades, com mais canais”.