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Decisão tomada

Eduardo Leite renuncia ao Governo do RS e fica no PSDB

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Após semanas de indefinição sobre seu futuro político, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou nesta segunda-feira, 28/3, que renunciará ao cargo e que permanecerá no Partido da Social Democracia Brasileira. Sem falar claramente em planos futuros, disse que estava deixando o governo para respeitar a legislação eleitoral e manteve em aberta a possibilidade de ainda concorrer à presidência.

A decisão foi anunciada em entrevista coletiva, no Palácio Piratini. Em um vídeo exibido antes do início da coletiva, Leite afirma que renunciava "ao poder para não renunciar à política".

Com a decisão de Leite, assume o comando do governo gaúcho o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, que também é secretário da Segurança. O ato oficial de renúncia e de troca de comando acontece nos próximos dias, "provavelmente na quinta-feira", 31/3.

Ranolfo Vieira é o pré-candidato a governador pelo PSDB. Leite afirmou que tem absoluta confiança na capacidade de Ranolfo, reiterando o trabalho do vice a frente da Secretaria de Segurança e a redução dos índices criminais registrados durante a gestão.

Para poder concorrer à presidência, Leite estudava a possibilidade de se filiar ao PSD, após convite do presidente da sigla, Gilberto Kassab. Ao reiterar que continuava no PSDB, agradeceu a oportunidade apresentada pelo político.

Leite afirmou que renunciar ao mandato abre uma série de possibilidades a respeito de seu futuro político, já que se permanecesse no cargo poderia concorrer somente a governador. Também afirmou que entrou em contato com o governador de São Paulo, João Dória, para quem perdeu as prévias do PSDB. "Telefonei para João Doria há pouco e conversamos. As prévias são legítimas, nós respeitamos as prévias. Mas nós estaremos diante de uma discussão que envolve outros partidos políticos", ponderou o gaúcho.

Recentemente, João Doria defendeu a permanência de Leite no partido, mas chamou de "golpe" qualquer tentativa de colocá-lo como candidato à presidência. "Diante de prévias realizadas com o amparo da Justiça Eleitoral, com investimentos também registrado na Justiça Eleitoral - foram R$ 10 milhões investidos para que o partido fizesse suas prévias - as prévias valem. Qualquer outro sentimento diferente disso é golpe", afirmou Doria.

Mesmo sem cravar nenhum caminho futuro, Eduardo Leite afirmou que deseja ser candidato à presidência, mas que, para isso, depende de um projeto coletivo e apoio de aliados. "Eu me sinto preparado, me sinto em condições, tenho vontade, tenho disposição para ser, sim, presidente. Mas ninguém é presidente pela sua mera vontade pessoal. Uma candidatura à Presidência não é levada por um projeto pessoal, ela é um projeto que tem que ser construído coletivamente", destacou.

O governador classificou a eleição deste ano como "crítica" e continuou aventando a possibilidade de ser um nome para a "terceira via", contribuindo com o "momento histórico que vivemos". "Estou dando minha contribuição para que se consiga viabilizar um entendimento e apresentar uma alternativa aos brasileiros para que se possa, a partir de 2023, implementar as reformas que são necessárias", disse.

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