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Em Uruguaiana

Educação é a grande prioridade, diz Vieira da Cunha

Candidato do Partido Democrático Trabalhista ao Palácio Piratini, o procurador de Justiça Carlos Eduardo Vieira da Cunha cumpriu agenda em Uruguaiana nesta terça-feira, 23/8. Recepcionado pelo presidente municipal do partido, vereador Marcelo Lemos, ele se reuniu com correligionários e participou de um ato de lançamento de campanha que contou com a presença do deputado federal Afonso Motta, que concorre a reeleição, e do vereador Clemente Correa, que disputa uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Ainda no Aeroporto, Vieira da Cunha conversou com a imprensa e falou sobre seu plano de governo. Conforme ele, Educação será a grande prioridade de seu governo. Questionado sobre as ações a serem implementadas no Estado a fim de melhorar a qualidade, considerando a defasagem da aprendizagem registrada em todo o país nos últimos anos, Vieira disse que é preciso ampliar os investimentos. Ele destacou que atualmente o Rio Grande do Sul investe somente 25% de sua receita anual na área, seguindo a Constituição Federal. Acontece que a Constituição Estadual determina que 35% de sua receita anual deve ser investida em Educação. "Fizemos isso quando estava à frente da Secretaria Estadual de Educação, em 2014 e 2016, durante a primeira metade do governo José Ivo Sartori", explica Vieira.

O candidato destacou que, além dos baixos índices de aprendizagem, a educação sofre com outro problema: a evasão escolar. "Temos muitos jovens que abandonam a escola, especialmente no ensino médio. Jovens de 15, 16 anos. E que sem perspectiva, acabam sendo aliciados por facções criminosas. O retrato disso a gente vê no sistema prisional. Eu, como procurador de Justiça criminal, até me licenciar atuava em uma câmara que trata de processos de homicídio, tráfico de drogas e violência doméstica, e eu via isso nos processos que atuava", explica. Conforme ele, é preciso tornar a escola atrativa. "E isso passa por investimento. Com escolas sucateadas, professores desvalorizados não vamos conseguir reverter esse cenário. É preciso investir nas escolas, na modernização, nas novas tecnologias", disse.

Vieira da Cunha também citou projetos implementados por Leonel Brizola e Alceu Colares, trabalhistas que governaram o Rio Grande do Sul, e que foram bem-sucedidos, como os centros integrados de educação pública (Ciep) e as escolas de turno integral.

Dívida do Estado

Outro tema abordado por Vieira da Cunha foi o regime de recuperação fiscal (RRF), firmado recentemente com a União. Conforme ele, o acordo é danoso para o Estado e se faz necessário que seja realizada uma renegociação. O candidato explicou que pretende tratar disso junto ao governo federal. "Já temos o posicionamento do nosso candidato à Presidência, Ciro Gomes, de que vai renegociar conosco se eleito. Vamos renegociar. Se houver dificuldade, se houver falta de sensibilidade do presidente eleito, vamos à Justiça e temos chances reais de vencer. O Estado do Rio Grande do Sul não deve o que a União diz que deve. Talvez não deva nada. E existem estudos sérios e muito bem estruturados que mostram isso", finalizou.


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