Leite pede apoio para retirada de plebiscito sobre venda de estatais
Wilson Cardoso imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
A frente do Executivo estadual o ex-governador José Ivo Sartori (MDB) encaminhou projeto a Assembleia Legislativa em busca de derrubar a necessidade de plebiscito para decidir sobre a venda de estatais. À época, como presidente estadual do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e já na pretendendo disputar o Piratini, o governador Eduardo Leite foi contrário ao projeto, assim como foi contrário à realização do plebiscito, se posicionando contra o debate acerca das privatizações.
Agora, porém, sua postura mudou. Na abertura do ano legislativo, em Sessão Especial na terça-feira, 5/2, Leite discorreu sobre a situação do Estado e anunciou que apresentará ainda nesta semana proposta uma proposta de emenda à Constituição para a retirada da exigência de plebiscito sobre a venda de estatais. Disse que era um tema complexo e que cabia à Assembleia Legislativa decidir sobre ele com base na confiança e na legitimidade que lhe haviam sido conferidas pela população.
O governador iniciou seu pronunciamento cumprimentado o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luís Augusto Lara (PTB), os demais deputados, secretários de Estado, vice-governador, servidores públicos e sociedade em geral. Disse que, na semana passada, em coletiva de imprensa, teve a oportunidade de apresentar à sociedade uma parcela significativa do diagnóstico da situação fiscal do Estado, "não para chorar, lamentar ou arranjar desculpas, mas por dever de transparência", o que, às vezes, segundo ele, era mal compreendido ou mal interpretado. Disse que era fundamental, a seu ver, compreender os problemas do Estado para que se levassem a efeito as soluções. "Se um paciente não compreende o mal que lhe acomete, não vai mudar seus hábitos e cumprir a prescrição do médico", declarou, acrescentando que, no caso do Rio Grande do Sul, embora o diagnóstico fosse conhecido, talvez não tivesse sido ainda suficientemente bem compreendido.
Informou que a mensagem que trazia à Assembleia Legislativa, em atenção ao disposto na Constituição Estadual, trazia o perfil da realidade econômica dos setores público e privado, o perfil demográfico do Estado, questões sociais e perspectivas para o Brasil e o mundo que iriam nortear as decisões do governo. Disse que gostaria de deixar um legado ao final de seus quatro anos de governo e que, a despeito das vaidades humanas, não celebrava a vitória como um troféu, mas como um contrato firmado com a população, a quem devia entregar resultados.
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