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pós-eleição

Manifestantes pró-Bolsonaro seguem frente ao 22º GAC AP

Gabriela Barcellos/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

A manifestação pró-Bolsonaro, organizada pelo grupo Patriotas de Uruguaiana, frente ao O 22º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (GAC AP) na manhã de terça-feira, 2/11, teve sequência e os apoiadores do atual presidente seguem frente ao quartel.

Às 10h de terça-feira, milhares de pessoas participaram do ato, que durou cerca de uma hora, frente ao quartel. Com faixas, cartazes, bandeiras e camisetas do Brasil, questionam o resultado das eleições presidenciais ocorridas no último domingo, 30/10, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República, e podem uma intervenção federal. Para o grupo houve fraude no processo eleitoral. Após o ato principal, no feriado, um grande grupo de pessoas permaneceu no local. À noite, o cenário era de acampamento, com grupos mantendo o movimento durante toda a madrugada.

De acordo com integrantes da movimentação, que preferem não se identificar, o grupo pretende permanecer no local, de maneira ordeira e pacífica, até o próximo domingo, 6/11, acompanhando a mobilização nacional.

Durante a tarde desta quinta-feira, 3/11, o número de pessoas no local era pequeno, no entanto, de acordo com uma das integrantes, a mobilização aumenta no cair da tarde. "Ao longo do dia o movimento de pessoas concentradas é menor, mas após as 18h, o pessoal vem para cá e a mobilização cresce", diz. Ainda conforme ela, houve a migração para o local de integrantes do movimento que iniciou na rodovia BR-290, próximo ao Porto Seco Rodoviário,

Até o momento não houve manifestações de moradores da região se posicionando contra a permanência do grupo no local. O Exército Brasileiro também não emitiu nenhum posicionamento.

Bloqueio de rodovias

No quinto dia após os primeiros movimentos de bloqueio de estradas em protesto ao resultado das eleições, tais atos seguem sendo registrados em pelo menos sete estados, mas continuam arrefecendo. O impacto maior, neste momento, é observado em rodovias federais.

No Rio Grande do Sul, o movimento perdeu força e, no início da manhã de ontem, apenas um bloqueio parcial era registrado, no km 12 da RS-478, em Maximiliano de Almeida. De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) a situação foi resolvida. Nas rodovias federais no Estado não há pontos com bloqueios, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Pedido de Bolsonaro

Ainda na quarta-feira, 2/11, o presidente Jair Bolsonaro pediu que manifestantes desobstruam as rodovias federais. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente afirma que "É preciso respeitar o direito de ir e vir das pessoas" e que os protestos em rodovias prejudicam a economia do país.

"Nós temos que ter a cabeça no lugar. Os protestos, as manifestações são bem-vindos, fazem parte do jogo democrático. Ao longo dos anos muito disso foi feito pelo Brasil, na Esplanada, em Copacabana, na Paulista. Mas tem algo que não é legal: o fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na Constituição", disse Bolsonaro. "Desobstruam as rodovias, isso não faz parte das manifestações legítimas", acrescentou.

Sem intervenção

Em entrevista, na manhã de ontem, 3/11, o vice-presidente da República e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão, disse que não há possibilidade de intervenção militar no Brasil, como pedem manifestantes bolsonaristas em atos ao longo desta semana. "Algumas pessoas interpretaram de uma maneira errônea ou enviesada o que diz o artigo 142 da Constituição, quando coloca como ambição das Forças Armadas, uma delas, a garantia dos poderes constitucionais. Mas nenhum dos poderes constitucionais está ameaçado hoje. Então não existe essa possibilidade (de intervenção militar)", disse o general da reserva do Exército Brasileiro.

Mourão também disse que "há um sentimento de frustração" pela derrota de Bolsonaro na eleição, mas que o resultado deve ser respeitado. "O vencedor da eleição, na opinião de todo o nosso grupo, não poderia participar dessa eleição. Uma manobra espúria, feita pela Suprema Corte, o colocou de volta no jogo. Aí nós aceitamos jogar esse jogo, então não tem mais o que chorar", comentou.


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